FICHA TÉCNICA 2001

 

Carnavalesco     Sylvio Cunha, Ernesto Nascimento e Actir Gonçalves
Diretor de Carnaval     Vera Lúcia Corrêa de Souza
Diretor de Harmonia     Roberto dos Santos Maciel (Robertinho)
Diretor de Evolução     Roberto dos Santos Maciel (Robertinho)
Diretor de Bateria     Antônio Carlos Soares Araújo (Macarrão)
Puxador de Samba Enredo     Carlinhos da Paz
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Claudio Marcio Domicina Cid (Claudinho) e Janaina de Jesus Pereira Mendes
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Charles Elcy e Fabiana Cid da Silva
Resp. Comissão de Frente     Paulo Fernandes Mazzoni
Resp. Ala das Baianas     Iara da Silva Vilella
Resp. Ala das Crianças     ................................................................

 

SINOPSE 2001

O Rio Corre pro Mar

              Do porto, olha-se o mar e a cidade, todos os dias. Não há dias iguais. Todos os dias são dias de trocas, de encontros, dias de vida. O porto é a grande fronteira aberta ao comércio internacional do país, é o balcão de intercâmbio com o mundo.

              "Nos olhos do pai ele leu também a vontade de correr o mundo, uma vontade que ainda vivia apesar dos anos que ele tentou sepultar com água e comida e o mesmo lugar para dormir toda noite."

              "O problema é que não se dão conta de que estão fazendo caminhos novos a cada dia, não percebem que os pastos mudaram e que as estações são diferentes, porque estão apenas ocupados com água e comida, talvez seja assim com todos nós."

              "É justamente a possibilidade de realizar um sonho que torna a vida interessante."

              Navegadores vieram em busca de glórias no novo mundo. Aventureiros que se lançam ao mar em busca de outras terras, riquezas e comércio.

"Vou buscar o mar
procurar o mar
vencer o mar."

                                                       (João Bosco)

Abertura dos Portos às Nações Amigas

              Os amigos navegadores vieram impulsionados pelo sonho da conquista de novas terras, glórias, riquezas, comércio e aventuras, ávidos por realizar o sonho de desbravar novas fronteiras. A abertura dos Portos do Brasil aos navios e ao tráfego das Nações Amigas de Portugal se deu em Janeiro de 1808 e, inaugurou-se uma nova fase na economia e na política brasileira, levando posteriormente à independência da colônia.
              Inicia-se assim a expansão comercial e a vida urbana, a partir de um trio, que mais tarde se tornou uma constante na História do Brasil: a Baia da Guanabara, o Porto do Rio de Janeiro e a Cidade.
              O Porto do Rio de Janeiro, por iniciativa do engenheiro André Rebouças, estabeleceu-se na enseada da costa ocidental da baia, com a denominação de Cais D. Pedro II, em 1875, intensificando as importações pelo porto da cidade, que aliás, manteve-se na liderança nacional do comércio de cabotagem e terrestre até os primeiros anos do século XX.

              "Terra sempre maravilhosa em polvorosa, sem igual no mundo inteiro; Cidade Maravilhosa, salve o Rio de Janeiro!"... "Assim me fiz confidente nas águas do cais". Através do porto, o Rio ganha o mundo.

              Transformações, novos paradigmas, crescimento ordenado, planejamento urbanístico, ensino público, controle sanitário, progresso dos serviços de utilidade pública, passaram a integrar a vida dos habitantes da Cidade Maravilhosa, impulsionando-a, a passos largos, em direção ao futuro. Vai ficando para trás um caráter provinciano para dar lugar a uma metrópole moderna e pronta para abrigar o crescimento que a, partir do porto, batia à sua porta.
A expansão das atividades marítimas se deu paralelamente ao crescimento da Cidade. O Rio de Janeiro, cidade remanescente de uma baía natural, é cidade portuária que privilegia a navegação, devido à exuberância de sua beleza natural. Cidade que de longe apresentava-se como ponto estratégico para o comércio e para a ação militar dos portugueses e que hoje acompanha a intensa "evolução industrial do país".
              A cidade-porto cresceu a partir de características próprias, destacando seus traços urbanos: as "freguesias", com seus caminhos sinuosos, becos, suas muitas escadinhas, travessas, adros, escadarias, bibocas, ladeiras e praças - Companhia dos Pretos -  a mitológica Resistência, como ficou conhecida, era ainda o primeiro Sindicado liderado por negros no Brasil. Sindicato negro, que além das reivindicações da categoria, fazia carnaval, organizou o primeiro Rancho da zona portuária: o Recreio das Flores, que desfilava no antigo largo da Prainha (hoje Praça Mauá). Foram os remanescentes da Companhia dos Pretos, "Seu" Eloy Antero Dias, Sebastião Molequinho, e outros que levaram adiante a tradição dos negros portuários, fundando em 1947 a Escola de Samba Império Serrano, uma Escola, que ao longo de sua trajetória deixou marcas irreversíveis, como, por exemplo, foi a primeira a se organizar em alas com função definida dentro do enredo, introduzindo novos instrumentos de percussão nos desfiles das Escolas de Samba, e deixando para a posteridade os mais belos sambas que a história do carnaval já conheceu.
              Em termos gerais, o Império Serrano, como a Companhia dos Pretos, representou e representa a resistência negra, a classe portuária, o porto de embarque do Samba Tradicional.
              Também marcaram igualmente presença importantes movimentos sociais do início do século atual. Em 1904 a Revolta da Vacina - contra a vacinação obrigatória - teve no bairro da Saúde a sua principal barricada. Seis anos depois, eclode no porto do Rio a Revolta da Chibata, quando marinheiros se insurgem contra os castigos físicos da Marinha e ameaçam bombardear a cidade.
              Numa relação de causa e conseqüência a cidade vai tomando forma, vai assumindo uma peculiaridade através da sua gente, sua linguagem, sua música, suas normas e suas funções. A atividade portuária, os primeiros ônibus, os bondes, a iluminação elétrica, o telégrafo, as obras de saneamento, a implantação de serviços ferroviários, a imprensa, fizeram do Rio de Janeiro um centro de referência - dando à cidade, por direito e tradição, o título de "capital cultural do país".
              A cultura africana é representada dos trapiches da Prainha até os confins da "Pequena África", isto é, a cercania do Porto, que se tornou na época um reduto de costumes e usanças africanas transportadas da Bahia. Inúmeras e pequenas famílias baianas ali se instalaram, precisamente até 1926, trazendo para o Rio de Janeiro - área portuária - hábitos da velha metrópole com fortes marcas do contingente negro, entre os quais as cantigas e danças próprias, festas, comidas, ritos e crendices.
              É nesses bairros, Saúde, Gamboa e Santo Cristo, que acontecem as primeiras manifestações de samba ou pagode, caracterizados a princípio como "festas de dança" e não como música e canto, e candomblés. Estas  manifestações eram promovidas pelos "tios" e "tias" que também eram conhecidos como "babalaôs". As famílias dessa região foram se multiplicando, fato que propiciou a ascensão da região denominada "Pequena África", assim batizada gentilmente por Heitor dos Prazeres.
              A "Pequena África" passou então a ser o foco de grande concentração dos negros com seus costumes. "Tia Ciata", chegada ao Rio de Janeiro por volta de 1874, promovia as "reuniões" mais quentes da época - onde eram cantados sambas e chulas e, reunia em seu terreiro baianos e cariocas ligados ao samba e ao candomblé.
              Por fim, os "sambas" transbordavam dos casinhotos do Bairro da Saúde - Pedra do Sal, assim chamada devido ao sal que ali era desembarcado e comercializado, ponto de encontro do samba carioca, ambiente recheado de inspirações vivas de grupos de samba, de ranchos de carnaval, de João da Baiana, Donga, Pixinguinha e tantos outros - para os quintais e ruas da cidade.
              O samba nasceu efetivamente dos terreiros da cercania do porto sob contribuições decisivas das músicas que eram cantadas e, sobretudo, das reuniões ali promovidas. Tendo a cidade do Rio de Janeiro sido durante muito tempo o foco das  migrações internas do Brasil, o samba beneficiou-se dessa fusão que absorveu durante anos características importantes das manifestações culturais trazidas pelos negros e daqueles nascidos em terras brasileiras como resultado das contribuições africanas, indígenas e portuguesas.
              Neste sentido, o porto e a cidade se completam, visando à formação urbana marcada por inúmeras proporções históricas e culturais. Haja vista que as águas tranqüilas da Guanabara, que acolhiam as acanhadas embarcações de um passado mercantilista, dão abrigo, a "vapores" e posteriormente a "transatlânticos modernos" incrementando a indústria e o turismo da Cidade Maravilhosa, onde a Praça Mauá aparece dominando o cenário carioca, como sendo a porta de entrada de todas as novidades que vinham trazidas pelas ondas - as ondas marítimas em que chegavam os transatlânticos que atracavam no moderno porto do Rio de Janeiro e as ondas sonoras da Rádio Nacional que, do alto do edifício de "A Noite", o primeiro arranha-céu da cidade, encantavam verdadeiras multidões de ouvintes.
              Assim, "Me fiz confidente das águas do cais".
              É uma cidade que combina beleza, cultura, descanso, divertimentos. É uma cidade versátil e cheia de surpresas que possui condições favoráveis à navegação e ao Porto. Rio moderno e de muitas faces, hospitaleiro e simpático.
              Através do Porto, o Rio ganha o mundo. A história da cidade começou no mar. Situada ao pé da Serra do Mar, a cidade nasceu a beira mar, à beira do cais, cresceu pelos caminhos e estradas que se dirigiam para todas as regiões do Brasil.
              O porto do Rio de Janeiro definiu o desenvolvimento econômico. De início veio o comércio, envolvendo a exportação de produtos primários e importação de manufaturados.
              O porto do Rio de Janeiro, situado na Baia de Guanabara é considerado um dos maiores portos naturais do mundo, não só por suas dimensões como pelas excepcionais facilidades que oferece para a navegação, em todas as épocas do ano.
              Os exploradores, geógrafos, historiadores e artistas exaltaram, desde o início os privilégios da Baia de Guanabara como abrigo à navegação e à  exuberância de suas belezas excêntricas.
              A história da cidade caminha lado a lado com o Porto. No período colonial era porto estratégico para comércio e ação militar dos portugueses. A evolução da economia carioca acompanhou o ciclo do pau-brasil, ouro e café e, nos últimos anos, o ciclo da intensa industrialização do país. Hoje a cidade é centro-área de negócios e serviços, sede das grandes empresas privadas do país.

O Porto é a Nossa Porta

              "Porta de entrada a saída, é através do porto que o Rio ganha o mundo."

              O porto assume importância total e especial, por ser o Brasil um país marítimo por excelência, abastecido por mar, que tem no mar o caminho de saída de seus produtos comercializados nos mercados estrangeiros.
Assim, os portos vêm assumindo desde os tempos coloniais, uma importância capital no processo de desenvolvimento do país.
              O porto é a porta obrigatória de escoamento de riquezas nacionais no transporte sobre águas. O porto é bom abrigo, ancoradouro com águas profundas e tranqüilas para embarque e desembarque de pessoas e mercadorias transportadas por navios.  A vida contemporânea é feita de trocas, relações comerciais com partes longínquas do mundo.

              "Do mar extraindo sua força, sua franqueza e até sua sabedoria".

              A orla portuária do Rio de Janeiro cumpriu um papel importantíssimo como fator de integração da cultura e da nacionalidade, ao representar a porta de entrada e saída desse imenso Brasil.

              Cem anos da Guanabara:  Navegar ainda é preciso para enriquecer a atividade portuária, abrir novos mundos, atrair fortunas, produzir maior circulação de mercadorias, promover encontro entre raças, culturas e descoberta de novos caminhos para a "sabedoria humana".

O Porto de Babel

              É o mundo em nossas portas. Os oceanos separam os homens, dividem as nações.
              O Porto é a última fronteira, onde se estabelece os limites. Mas é nessa Babel que todos se compreendem, embora falando línguas diferentes de países longínquos, porém unidos pela sede de navegar.

"Coração de um mundo inteiro/
Um abraço estrangeiro / e tão familiar

                                                                       (Osvaldo Montenegro)

              Após as trocas, voltam para casa influenciados pelos contatos feitos nos portos com outros povos.  A plataforma é a vida desse lugar, uma aldeia global.
A convivência nesta Babel, importante para alargar conhecimentos e descobrir novos horizontes.
              Seja americano do sul, norte ou centro, que venha da China, das Arábias ou da Calábria.  Seja do oriente ou de outro continente, o importante mesmo é saber em que lugar descobrir o Brasil.

" Meus olhos cansados do mundo
descanso no verde mar."

              No porto de encontro, o marinheiro tem uma mulher em cada porto no baixo da noite, vitrines do mundo, meninas dos olhos à vista, desenvolvia-se na Praça Mauá uma movimentada vida noturna.
              Um novo grupo entrava em cena, as damas da noite (as prostitutas), os marinheiros turistas, os gigolôs, os boêmios, os contrabandistas, os policiais, desempregados e alguns remanescentes da capoeira davam o clima do lugar.
              Os bares Flórida e Hanseática eram o grande sucesso da época, concentrando toda alegria da boemia carioca e da zona portuária, uma espécie de oásis. Porém, cumpre não esquecer da grande circulação de mercadorias, que a cada período alterava-se entre bebidas, cigarros, baralho, gasolina, isqueiros automáticos e outros produtos que estivessem na moda.

"Com Lia eu não podia escapar
Girava num barco no centro da ilha
Num moinho do mar
Era estar com Rosa nos braços de Lia
Era Lia com balanço de Rosa."

" Na feira do porto
Meu corpo minha alma
Meus sonhos vinham negociar
Eu poesia nos pratos de Rosa
Era prosa na balança de Lia

              A última fronteira (aviso aos navegantes)
                            Entre senhas e sinais, o porto estabelece seus   limites.

" A lei te vigia".

" Se pensas que burlas as normas penais
insuflas, agitos e gritas demais
A lei logo vai te abraçar, infrator
Com seus braços de estivador."

                                                                                         (Chico Buarque)

              Pier Mauá (Terminal de Passageiros) palco de grandes acontecimentos, como desembarque dos imigrantes e líderes estrangeiros.  De reis e rainhas marcado pela volta de Carmem Miranda ao Brasil. Lá onde circulam passageiros, com seus trajes exóticos e de curiosos costumes.  É porto de encontros e despedidas.

"Gostoso é poder partir / melhor ainda é poder voltar
Todos os dias é um vai e vem tem gente que chega prá ficar
Tem gente que vai prá nunca mais
Tem gente a sorrir e a chorar./
E assim chegar e partir são dois lados da mesma viagem
A hora do encontro é também despedida."

                                                                                     (Milton Nascimento)

Aviso aos Navegantes

              As docas do Rio é centro Nacional de atividades artísticas em geral, pois toda a nossa cultura veio de além mar; teatro, música, das letras e pinturas.  A cidade é atração internacional por suas belezas naturais.  A Baía de Guanabara, seu porto foram cenários dos mais variados filmes nacionais, contribuindo assim com o cinema, cumprindo papel importante na história das liberdades no país.

"Avança Brasil"
País do futuro - rumo ao futuro
Coração de todo o mundo.

              O futuro está aqui e agora, nos nossos portos.  Olhar para ele e seu desempenho é lançar um olhar para o futuro do desenvolvimento brasileiro.

              O Rio concentrou sua estratégia empresarial no moderno Porto do Rio de Janeiro.

              O moderno Porto tornou-se um macroporto, concentrando cargas do Atlântico Sul, oferecendo ao país, opção estratégica para a integração do Comércio exterior à rede de portos de última geração do mundo, no mercado internacional.  O porto é terminal de minérios, terminal de Containeres e outras cargas.
              Quando exportamos minérios e grãos exportamos um pouco de nosso chão, é o nosso chão correndo mundo afora, mas quando exportamos manufaturas é um pouco da nossa alma que vai junto, um pouco de nosso jeito, e o nosso cheiro que vão atravessar o mar. É a criatividade de um povo, nossa cultura com modernidade e velocidade para qualquer lugar do planeta.
              O futuro bateu em nossas portas, é redescobrir o Brasil, através de suas manufaturas (graneis líquidos, produtos siderúrgico, copos, peças de automóveis e eletrodomésticos, roupas e papel-jornal - o Brasil é o maior exportador de papel do mundo), em idas e vindas a bordo dos contêineres da fantasia, rumo à expansão globalizada, navega - via alto mar, onde o porto é a principal porta de entrada, e via internet, em cuja dimensão ganhamos novos mundos, novas informações, descobrimos novos horizontes, um novo viver.

"Mande notícias do mundo de lá

              E todos os dias o porto lá estará, com a grande fronteira do desenvolvimento nacional, aberta ao convívio com os outros povos, como a porta do amanhã.

O Rio Corre Pro Mar

              Corre pro mar, porque a cidade nasceu do mar, e se fortaleceu economicamente através do Porto. Hoje é síntese cultural do Brasil e mantém rico patrimônio construindo em quatro séculos a história.  É uma janela aberta entre o porto e o mar, corre para o mar porque quem quiser enxergar o futuro do país deve olhar para seus portos, sua história escore aqui, corre para o cais, descobriu-se um cenário para o desenvolvimento nacional projetado para o nosso século que se inicia, emergente do início de novo círculo virtuoso de crescimento e modernização dos terminais portuários.
              Em perfeita simbiose, entre o porto e a cidade, a reurbanização visa a identificar caminhos ou intenções de recuperação respeitando seus tempos, induzindo mudanças, sobretudo de valor retomando a inserção da área portuária na cidade.  E mais, trata de reconhecimento ao esplendor em absoluto dado pelo porto à formação da cidade do Rio de Janeiro - a cidade beira mar.  É a reintegração da cidade com o seu destino de porto, de mar - do mar que acalma e revigora na alma da população do Rio o orgulho de ser carioca.

O  Maior Patrimônio da Cidade é sua Cultura

(O Planeta Carnaval)

              No cotidiano a cidade constrói novas condições, descobre-se ainda desconhecida e guarda as memórias que fizeram sua história.
              O carnaval é um dos mais importantes eventos realizados na cidade.  As Escolas de samba ocupam os armazéns, voltado para o patrimônio cultural da cidade. Por isso, nossa escola, o Império Serrano, tornou-os por exemplo e será  parte deste porto por muitas noites de glória, alegria que será eterna, porque permanecerá em nossas mentes.
              O Império Serrano também volta ao mar, ao porto. Nas pedras pisadas por seu maior incentivador Sr. Eloy Antero Dias, prestando esta homenagem ao Rio de Janeiro, cenário de luz, de cor, de magia, de sonho, de batida do coração carioca.  Num canto uníssono, na marcação dos surdos, no ritmo contagiante de sua bateria, tendo como parceiros, os portuários, seus grandes admiradores que ajudaram a escrever a sua bela história .

Bibliografia

  • COMPANHIA, Docas do Rio de Janeiro, Porto do Rio de Janeiro: os primórdios de sua história de 1500 aos dias atuais, CEIDOC.
  • CARDOSO, Elizabeth Dezouzart.  Histórias dos bairros Saúde, Gamboa e Santo Cristo, Editora Index.
  • CARVALHO, Lia Aquino de.  Contribuição ao Estudo das Habitações Populares Rio de Janeiro 1886-1906, 2ª ed. Coleção Biblioteca Carioca, 1995.
  • CASTRO, Alder Homero Fonseca.  "Preservação de um modo de vida: Patrimônio Histórico do Morro da Conceição"  In. Caderno do Patrimônio Cultural, Secretaria Municipal de Cultura, Departamento Geral de Patrimônio Cultural; pp. 54 a 63. v.3. n.4-5, 1994.
  • LESSA, Carlos.  "As Dimensões Estratégicas do Porto do Rio de Janeiro" In. Caderno do Patrimônio Cultural, Secretaria Municipal da Cultura, Departamento Geral de Patrimônio Cultural; pp. 50 a 54, v.3, n.4-5, 1994.
  • MAUÁ, Circuito. Saúde, Gamboa e Santo Cristo, Cd-Rom, Rio Arte; 1998.
  • ZYLBERBERG, Sônia.  Morro da Providência: Memórias da Favela, Secretaria Municipal de Cultura, Departamento Geral de Documentação, Informação e Cultura; 1992.

Pesquisador: Marcos Roza

Equipe de Carnaval:
Aquarius
Sylvio Cunha
Actir Gonçalves
Ernesto Nascimento
 
Diretor de Carnaval: Vera Lucia
Vice Presidente de Carnaval: José Coelho
Presidente: Neide Dominicini Coimbra

 

SAMBA ENREDO                                                2001
Enredo     O Rio corre para o mar
Compositores     Arlindo Cruz, Maurição, Carlos Sena e Elmo Caetano
Amor vem ver o Mar
Vem contemplar o meu Rio
Agô mãe Iemanjá, só de pensar dá arrepio
Meu Rio tem tanta beleza
E a natureza sempre nos abençou
Sou carioca da gema, sou resistência
Sou Império, sim "sinhô"
Abriu o porto ioio, é porta aberta iaia
É o comércio, é o progresso da cidade
E a cidade cresceu, o mundo então conheceu
O berço da felicidade
Toda ladeira cantou, a freguesia sorriu
A velha praça inteira aplaudiu

E assim nasceu a estiva
O primeiro sindicato do Brasil

Entre revolta e dor
E um canto negro de fé
O nosso povo exportou samba no pé

Axé minha Guanabara, recanto mais doce do mar
Tão doce que trouxe a indústria
E fez o turista se apaixonar na ( Praça Mauá)
Hoje a "noite" é bem mais quente, não é mais
Um inocente arranha-céu, oi
Torre de babel que vive em paz
Já ancorou mais um navio
E eu sou confidente desse cais
Orgulho e tradição do Rio

Avisa aos navegantes que o Império vem aí
Olha o bicho vai pegar, a poeira vai subir
É arte, é cultura é talento original
Hoje tem festa no planeta carnaval