FICHA TÉCNICA 1994

 

Carnavalesco     Cid Camilo e Sancler Boiron
Diretor de Carnaval     ................................................................
Diretor de Harmonia     ...............................................................
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     ................................................................
Puxador de Samba Enredo     ................................................................
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................
Resp. Galeria de Velha Guarda     ................................................................

 

SINOPSE 1994

Uma festa brasileira

Sinopse:

          Em 1550, meio século após o descobrimento do Brasil, no auge da Renascença Francesa, cerca de cinqüenta índios Tupinambá e Tabajara foram levados do Novo Mundo, por marujos da Normandia à cidade de Rouen, para encenarem, às margens do Sena, “danças solenes entre jogos guerreiros”, realizando assim “Uma Festa Brasileira” na corte da Rainha Catarina de Médicis e do Rei Henrique II.
          O comércio dos indígenas do Brasil com a França do século XVI começou com a extração do pau-brasil (madeira de tinturaria), que foi durante muito tempo o único objeto de importância que atraiu os habitantes de Rouen à América do Sul. Também eram levados os representantes mais exóticos da fauna e flora tropical.
          Os índios Tupinambá que figuravam na “Festa Brasileira” em Rouen pertenciam às tribos fixadas temporariamente entre Pernambuco e Salvador; eram talvez mesmo dos distrito de Itamaracá onde os Normandos tinham uma feitoria para extração do pau-brasil. E os índios Tabajara ocupavam outrora ainda a maior parte da serra do Ibiapaba na província do Ceará.
          Tal festa se tratava de uma “pompa selvagem”, de uma “festa original” onde índios (os habitantes primitivos do Novo Mundo) misturavam seus jogos às maravilhas da Renascença, procurando revelar à corte do rei Henrique II o espírito ousado e juntamente ingênuo de uma raça generosa e guerreira.
          Assim, toda a corte, fascinada com o exotismo e originalidade de tal festa, deixou-se influenciar pelos “festejos extravagantes” dos nossos índios. A partir daí se respirava o ar do Novo Mundo em plena Renascença Francesa, nossos índios, fauna e flora passaram a integrar o cotidiano da vida na corte da época.
          O enredo “Uma Festa Brasileira” Associa os festejos de Rouen às margens do Sena ao carnaval brasileiro. Hoje “Uma Festa Brasileira” é o carnaval, que tem sua mais completa tradução no desfile das Super-Escolas de Samba na Marquês de Sapucaí. Essa festa deslumbrante que é conhecida no mundo inteiro como o “maior espetáculo da Terra” é hoje nossa maior festa. O brilhantismo e a originalidade dessa festa carnavalesca, que une milhares de pessoas de nações diferentes, são os mesmos que uniram a corte do Rei Henrique II aos índios brasileiros no século XVI.
          Hoje é carnaval e é o Império Serrano quem faz a festa, muitos séculos após aquela realizada pelos índios brasileiros em Rouen. E ninguém melhor que a nação imperiana, nação que é raiz no carnaval brasileiro, para contagiar a platéia da Sapucaí, com um enredo autenticamente brasileiro, alegre e carnavalesco. A festa é nossa.
          Venha você também participar dessa grandiosa festa, pois a festa continua...

Roteiro do desfile:

  • Comissão de Frente: 13 componentes: Henrique II

  • 1° Carro: Abre-Alas – “Coroa Imperial”

  • 1ª Ala – Arquitetura (Ala Vereda Tropical)

  • 2ª Ala – Corte (Ala Jovem)

  • 3ª Ala – Tapeçaria (Ala Como é que fica)

  • 4ª Ala – Corte (Ala Sol e Ala Cupido)

  • 5ª Ala – Pintura (Ala Bem querer)

  • 2° Carro: “As maravilhas da Renascença”

  • 6ª Ala – Navegadores (Ala Inspiração)

  • 7ª Ala – Ciência (Ala Quem quiser pode vir e Ala Elegantes)

  • Ocas Dançantes

  • 8ª Ala – Oca (Ala Desacato)

  • 9ª Ala – Mar (Ala das feras)

  • 10ª Ala – Marujada (Ala Bronca Imperial)

  • 3° Carro: “A Chegada da marujada ao Mundo Novo”

  • 11ª Ala – Índio Tupinambá (Ala da Comunidade)

  • 12ª Ala – Fauna Tropical (Ala Piratas)

  • 13ª Ala – Curumim (Ala das Crianças)

  • 14ª Ala – Olhar de Índio (Ala Pulinho Amigo)

  • 4° Carro: “O Novo Mundo”

  • 15ª Ala – Flora Tropical (Ala Deixa Falar)

  • 16ª Ala – Índio Tabajara (Ala da Comunidada)

  • 17ª Ala – Mata Tropical (Ala Universitários)

  • 18ª Ala – Bateria

  • 19ª Ala – Índio / Bicho / Mata  (Ala Segredo e Ala Nova Arte)

  • 5° Carro: A Chegada dos marujos e índios ao Porto de Rouen"

  • 20ª Ala – Corte (Ala dos Impecáveis)

  • 21ª Ala – Corte (Ala Simpatia)

  • 22ª Ala – Senhoras da Corte (Ala Caprichosas do Samba)

  • 23ª Ala  – Corte (Ala Quem sabe sou eu e Ala Jambo e Jambete)

  • 24ª Ala – Corte / Platéia (Ala Sambalanço)

  • 6° Carro: “Uma festa brasileira às margens do Sena”

  • 25ª Ala – Corte com influência (Ala Barroco)

  • 26ª Ala – Corte (Ala Coração verde e branco)

  • 27ª Ala – Corte (Ala Quem é não se mistura)

  • 28ª Ala – Índio na Corte (Ala Delírio Imperial)

  • 29ª Ala – Índio na Corte (Ala Serrinha raiz do samba)

  • 7° Carro: “As influências na corte de Catarina e Henrique II”

  • 30ª Ala – Corte no carnaval (Ala Simbora)

  • 31ª Ala – Pierrô (Ala Mucamas e Ala Paz e Harmonia)

  • 32ª Ala – Carnaval de rua (Ala VIPS)

  • 8° Carro: “Uma festa brasileira hoje – O Carnaval”

  • 33ª Ala – Malandrinhos (Ala Meio fio)

  • 34ª Ala – Baianas

  • 35ª Ala – Cartolas (Ala Cabelos Brancos)

  • 36ª Ala – Passistas

  • 37ª Ala – Super-Escola (Ala Caçulas)

  • 9° Carro: “Carnaval para o Mundo”

  • 38ª Ala – Velha-Guarda

E a festa continua...

Cid Camilo e Sancler Boiron

 

SAMBA ENREDO                                                1994

Enredo     Uma festa brasileira
Compositores     Lula, Zito e Beto Pernada
Ecoou, ressoou no meio da mata virgem
O canto do índio guerreiro
Exaltando o homem branco que chegou (e lá se vão)

Lá se vão
Marujos, tabajaras e tupinambás
Até as margens do Sena
Mostrar a dança solene
As maravilhas da renascença
Onde o rei e a rainha
Ficam encantados com "Uma Festa Brasileira"

Que zoeira, que zoeira
Tem batuque na corte
Dia e noite, noite inteira
O novo mundo
Mostra a arte em brincadeira

A cultura
Se junta à arte numa nova dimensão
Hoje o Império faz a festa
Contagiando a galera de emoção
E exibe para o mundo inteiro
O Carnaval brasileiro
Como na Corte dos reis
Engalanado entra em cena outra vez (e assim)

Assim a festa continua
Tão minha quanto sua
Neste delírio tropical
O verde e branco é a razão da minha vida
Nesta folia todo mundo é igual

Ô embala eu, embala eu
Que nesta festa eu também vou (eu vou)
Ô embala eu
Com surdos, tamborins e agogôs