FICHA TÉCNICA 2008

 

Carnavalesco     Sandro Gomes
Diretor de Carnaval     Paulo Roberto Belmiro (Curupira)
Diretor de Harmonia     Gilberto da Silva (Gilberto Cabeça Rica)
Diretor de Evolução     Gilberto da Silva (Gilberto Cabeça Rica)
Diretor de Bateria     Antonio Carlos Martins (Mestre Capoeira)
Puxador de Samba Enredo     Douglas Silva Martins
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Washington Luis Macedo Chagas e Jaçanã Oliveira Ribeiro da Silva
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Alex Junior da Silva e Carla Cristina Rocha dos Santos
Resp. Comissão de Frente     Del
Resp. Ala das Baianas     Maria Cristina da Silva Cardoso
Resp. Ala das Crianças     Vânia Marins dos S. Isidio
Resp. Galeria de Velha Guarda     Sebastiana Macimo

 

SINOPSE 2008

Duzentos anos da Corte Real nos jardins da Família Imperial

Sinopse:

          A Família Imperiana orgulha-se de apresentar em ópera popular a transmigração da realeza para o Brasil. Uma viagem no tempo e na história…
          A orquestra de surdos, caixas, repiques, tamborins e chocalhos regida por um mestre dá o tom para a apresentação de seus tenores e sopranos. O cenário é montado e entram em cena os componentes da verde e branco apresentando este belíssimo espetáculo que com movimentos e cores empolgam a platéia.
          Tudo começou… na Europa que na segunda metade do século XVIII vivia os tempos modernos da indústria: mais capital, maior produção e conseqüentemente mais mercados. Uma disputa entre os capitalistas ingleses e franceses. Os ideais de Napoleão Bonaparte que era um governante obstinado, tinha como objetivo isolar a Inglaterra do restante do mundo. Entretanto, com Portugal isso não era possível. A dependência de Portugal com a Inglaterra ia além, inclusive através de tratados comerciais. Por não ceder aos caprichos de Bonaparte, Portugal foi invadido e Dom João embarcou rumo a colônia.

Primeiro ato - Chegada da Família Real

          Ao chegar ao Brasil, a corte do príncipe regente Dom João incluía nobres, ministros e militares, o que mudou bastante a vida na província.
          Houve uma redescoberta do Brasil com decretos e cartas régias que mudaram de vez a situação da colônia, que ao longo do tempo passou a reino.

Segundo ato - A evolução da Cidade Maravilhosa

          Vieram da Bahia trazendo o luxo e a riqueza da corte para o Rio de Janeiro. Em pleno mês de fevereiro foi uma grande festa. O povo encheu as ruas cantando, dançando e gritando de alegria, um verdadeiro Carnaval. Do Largo do Passo passando pela rua do Rosário, o carioca orgulhoso recebia a corte com o estandarte da cidade bem ao alto no meio do cortejo.
          Foi uma época de abertura cultural, ainda que limitada a suas elites. O interesse de D. João pela Cidade Maravilhosa se intensificava.

Terceiro ato - O Jardim Real

          No antigo engenho de cana-de-açúcar foi construída a Fábrica de Pólvora e um jardim de aclimação. Com objetivo de aclimatar as especiarias vindas das Índias Orientais. Encantado com a exuberância da natureza local, D. João instalou um jardim que no mesmo ano passou a se chamar Real Horto. Este jardim abrigava as mais raras espécies de plantas da flora brasileira e de outros países.

Quarto ato - A Independência

          Em 1821, D. João VI e o restante da Família Real retornaram a Portugal, deixando D. Pedro como príncipe regente do Brasil. No ano seguinte Portugal exigiu a sua volta, mas ele decidiu ficar porque acreditava que colônia e metrópole deveriam se separar. Deu-se então, início ao processo de independência e em 1823 foi coroado Imperador do Brasil.
          Entusiasta da natureza, o Real Horto passou a se chamar Real Jardim Botânico e D. Pedro I abriu as portas ao público, nomeando o seu primeiro diretor, Frei Leandro Sacramento, que ali realizou importantes experiências e estudos botânicos.

Quinto ato - Da República aos dias atuais

          Passaram os anos e o Brasil virou República. O local teve mais uma vez o seu nome mudado para Jardim Botânico do Rio de Janeiro De República em República chegamos ao terceiro milênio e as imponentes palmeiras imperiais encantam quem passa pela sua entrada.
          Localizado entre a montanha do Corcovado e a Lagoa Rodrigo de Freitas este santuário ecológico com lagos, caminhos, uma enorme diversidade de flores, de plantas e uma infinidade de pássaros convivendo com belas esculturas, edificações e monumentos foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Bromeliário, Orquidário, Jardim Japonês e espaços reservados para plantas medicinais e insetívoras compõem este cenário junto as Vitórias Régias de rara e infinita beleza.
          Hoje um espaço aberto que já recebeu visitas ilustres, como as de Einstein e da Rainha Elisabeth II do Reino Unido.
          A Corte Imperiana homenageia a Família Real nesse Carnaval pelo seu legado e a essa obra que por quem a visita jamais é esquecida…
          Passaram-se duzentos anos…

Sandro Gomes

Roteiro do desfile:

1º Setor: Brasil Colônia
Uma fase de transformação no cenário sócio-político e econômico do Brasil.

Nome da Fantasia

Nome da ala

Descrição

Responsável pela ala

 

A transmigração da realeza

Comissão de Frente

Acompanhada de um quadripé (caravela)

Del

2 Quadripés : Representando as carruagens que traziam a família real e sua bagagem.

1

O cortejo de chegada

 

Compostos por escravos, nobres e burgueses que festejavam em ritmo de Carnaval a chegada da família Real.

Alexandre

1ª Alegoria: Culturas e Costumes da Realeza
          “O povo ao receber Dom João” ...
          Se encanta com o luxo e as novidades trazidas pela realeza. O abre-alas simboliza o marco inicial do Império que embalados na cadência do samba recebem os convidados para a grande festa em um luxuoso salão com vitrais, lustres, vasos. A coroa, símbolo maior da realeza, compõe o cenário.
Principais destaques: Edílson (central alto) e Charles (central baixo)

2

A corte do príncipe regente

Comunidade

Com vestes altamente elaboradas, retratada nas telas de Debret, a corte do príncipe regente se apresenta composta por ministros, militares e nobres.

 

3

Decretos e Cartas Régias

Comunidade

A fantasia carnavaliza os documentos do período joanino. Destaque para o resplendor em forma de pergaminho.

 

4

O luxo e a riqueza da corte

Comunidade

A alta sofisticação da fantasia é complementada pelos utensílios trazidos pela corte, como: pratarias, cristais, perfumes...

 

5

As Especiarias

Baianas

Giram as mães baianas imperianas em tons de ouro representando as especiarias vindas das Índias Orientais.

Dona Cristina

2ª Alegoria: A evolução da cidade
          “A cidade se renova, majestosa evolução”...
          A intenção é apresentar as grandes obras realizadas por D.João VI na capital do reino nesta segunda alegoria, como: o Banco do Brasil, Academia de Belas Artes, a Biblioteca Real, Escola de Medicina. Destaque para a grande escultura de D.João VI e para as aquarelas de Debret que adornam a saia do carro.
Principais destaques: Célio Santos (central alto)

2º Setor:  A evolução da Cidade Maravilhosa
O Rio de Janeiro nunca mais foi o mesmo após a transmigração da família Real.

6

Missão Francesa

Comunidade

Formada por um grupo composto de artistas variados, convidados por D.João VI, que era um amante das artes. A fantasia de época retrata a pompa dos trajes europeus.

 

7

Academia Imperial de Belas Artes

Comunidade

A fantasia multicolorida é composta por materiais utilizados na realização de obras de arte, como: pincéis, aquarelas, tintas e telas.

 

8

Banco do Brasil

Comunidade

Em tons de branco e ouro, a fantasia é adereçada com moedas douradas que representam o Banco do Brasil.

 

9

Biblioteca Real

Comunidade

Adornadas por livros a fantasia representa os 60 mil volumes trazidos de Lisboa.

 

10

Imprensa Régia

Comunidade Inicio da imprensa no Brasil. A fantasia traz silkada, trechos de papéis oficiais e jornais da época.  

11

Escola Real de Medicina

Comunidade

Trajes originais, usados pelos mestres da escola na época do Império.

 
2 Quadripés: O jardim real, trazendo as palmeiras imperiais.
3ª Alegoria: O Jardim Real
          “Jardim de beleza, perfume e sabor”...
          A terceira alegoria transforma a Sapucaí num imenso paraíso tropical com espécies variadas de plantas e animais abençoadas por Ossain. O chafariz central e os bustos de D.João VI, Frei Leandro Serpa Brandão, Cândido Baptista de Oliveira ...... , complementam o jardim.
Principais destaques: July July (central alto)

3º Setor:  Jardim Real
Um dos dez mais importantes do gênero no mundo é considerado um verdadeiro santuário ecológico.

12

Cana-de-açúcar

Comunidade

Por ter sido engenho a fantasia que abre o setor destinado ao Jardim Botânico é a cana-de-açúcar.

 

13

Fauna e Flora

Comunidade

A exuberância da natureza é retratada nesta fantasia. Nas alamedas do Jardim é possível visualizar a harmonia entre a flora e fauna.

 

14

Bromeliário

Comunidade

Em estufa a coleção viva chama a atenção dos visitantes pela sua variedade em tamanhos e cores.

 

15

Orquidário

Comunidade

É um espetáculo a parte, que faz os visitantes ficarem sensibilizados por sua rara beleza.

 

1º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira: Revoadas de borboletas
          O bailado do casal é de encantar. O casal compõe o setor representando as borboletas que sobrevoam o Jardim significando o belo, o delicado e o inatingível..

16

O canto dos pássaros

Bateria

Na avenida, os instrumentos de percussão dão o tom à sinfonia e no jardim ao som de curiós e sabiás o público fica fascinado.

Capoeira

17

Flores exóticas

Passistas

Em todo jardim existem flores exóticas que são cultivadas pela sua floração e para pesquisas. A cartela conta com uma gama de tons fortes como fúcsia, tangerina, esmeralda e rosa.

 

18

Avencas e samambaias

Comunidade

Espalhadas pelo Jardim essas plantas ornamentais são representadas aqui em diferentes tons de verde.

 

19

Vitória-Régia

Comunidade

A maior lili aquática do mundo embeleza os lagos do Jardim.

 

4ª Alegoria: Ares da liberdade
          “Cresce a raiz da liberdade”...
          A quarta alegoria sintetiza uma importante tomada de decisão no período do Império – a nossa independência. A alegoria apresenta a figura de anjos que representam o sopro da liberdade e na parte de trás uma réplica da estátua eqüestre, monumento erguido na Praça Tiradentes.
Principais destaques: Marcos (central alto)

4º Setor:  A Independência
A antiga colônia se tornava um verdadeiro centro da monarquia.

20

Dragões da Independência

Comunidade

Os componentes vestem uniformes, de base branca, estilizados, que remontam ao da unidade militar criada no Império.

 

21

Café

Comunidade

A fantasia representa as lavouras cafeeiras no período imperial.

 

2º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira: Barões do Café – a nova aristocracia rural
          O casal faz desse bailado a mais bela realidade durante o reinado de Momo e do café, e fecha o ciclo do Império.

5º Setor:  Da República aos dias atuais
Nossa fase atual, mas, ironicamente foi no período republicano que o jardim da realeza entrou na sua era mais rica, retomou o papel de centro pesquisas.

22

Albert Einstein

Crianças

As crianças da Tijuca hoje são cientistas. O ilustre Albert Einstein ficou deslumbrado ao visitar o Jardim Botânico.

 

23

Rainha Elizabeth

Comunidade

A realeza inglesa, na figura da Rainha Elizabeth, que ficou impressionada ao visitar o Jardim.

 

24

Tom Jobim

Comunidade

Representa e relembra um dos mais importantes autores de Bossa Nova que fez do Jardim Botânico seu parceiro. A ala traz as teclas de um piano em sua fantasia.

 

25

Orquestras sinfônicas

Comunidade

A fantasia demonstra que música e natureza se complementam, sendo o Jardim palco de concertos musicais.

 

26

Patrimônio histórico

Comunidade

A fantasia é inspirada nas edificações tombadas pelo IPHAN em 1937.

 

27

Turista Ecológico

Comunidade

Vestindo camiseta florida e bermuda com uma máquina fotográfica pendurada essa é a imagem universal do turista.

 

28

Maravilhas do Rio de Janeiro

Comunidade

A fantasia é uma síntese da nossa cidade. As cores de nossa fauna, flora e praias estão presentes. Destaque para o calçadão de Copacabana.

 

29

Bicentenário do Jardim Botânico

Comunidade

Esta ala une a sociedade brasileira em torno da história, em uma comemoração única de pura emoção – o Bicentenário da chegada da família e do Jardim Real.

 

30

 

Velha Guarda

Personalidades conhecidas e queridas pela comunidade tijucana, carregam no sangue toda a tradição cultural da nossa agremiação verde e branco.

 

5ª Alegoria: Bicentenário
          “Coroado no meu carnaval”...
          A quinta e última alegoria faz referência a contemporaneidade e comemora o bicentenário desta grande obra conhecida mundialmente pela sua beleza. Destaque para o portal da Solar da Imperatriz.
Principais destaques: Joãozinho de Xangô

Bibliografia:

  • MENDES, João. Retrato de uma época. Rio de Janeiro: Folha do Rio, 1990.

  • OLIVA, Oswaldo Muniz. Brasil: o amanhã começa hoje. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 2002.

  • ALENCAR, Francisco. História da sociedade brasileira. 2 ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1985.

  • Os maiores acontecimentos da história do Brasil. Editora Melhoramentos Ltda e Gold Editora Ltda, 2006.

 

SAMBA ENREDO                                                2008
Enredo     Duzentos anos da corte real nos jardins da Família Imperial
Compositores     Guilherme Sá, Jota, Pingo, Alípio Carmo e Professor Peixoto
Despontou no horizonte
Veio de longe toda família real
As águas do mar da saudade
São lágrimas de Portugal
O povo ao receber Dom João
Corteja, a euforia é geral
Se encanta com o luxo e a riqueza
No estandarte da alegria tem nobreza
A cidade se renova, majestosa evolução
A arte é semeada em nosso chão

Jardim de beleza, perfume e sabor
Um doce recanto, lugar sedutor
João semeou lindos florais
Na herança eternos palmeirais

Ao som de pássaros cantores
O sol revela todas as cores
No despertar da natureza
Cresce a raiz da liberdade
Com esplendor na primavera
As flores dão adeus à majestade
Sopra, o vento abre as portas
Exala o cheiro do jasmim
É assim, quando o encanto da paisagem
Chama os visitantes pro jardim

A imagem da história
"Régia a vitória" imperial
A corte deixou seu legado
Coroado no meu carnaval