Da coroa da criação
a um grito por liberdade
A
imaginação de Oldumaré vem representada a visão que Olodumaré
imaginava o mundo.
Baianas o reino de Olokun o reinos da águas, Olokun é
o Orixá Senhor do mar, é andrógino, metade homem e metade-peixe,
de caráter compulsivo, misterioso e violento.
Elementos da criação: vem simbolizando a galinha da
angola a terra e uma pomba branca a onde criou o ar e camaleão e
fez que ele caminhasse.
Seres vivos: vem simbolizando quando Obatalá modelou
em barro os seres humanos.
Sopro da vida; vem representa representado quando
Olodumaré deu um sopro nas molde de Obatalá para da à vida nos
seres humanos.
O reino do Congo: vem representada região da África
que vivia, em guerras entre vários reinos e tribos rivais,
faziam prisioneiros em conflitos e vendiam-nos para árabes e
europeus.
O Reino do Congo teve importante participação no
desenvolvimento do tráfico de escravos.
Guerreiros Jagas: eles representam a grupos de nativos
africanos, predominantemente nômades, que se caracterizavam por
não trabalhar, dedicando-se à rapina e à violência sobre as
populações.
Os guerreiros de Aqualtume: Vem o reino de Aqualtune,
filha do rei do Congo, viveu no século XVII. Comandou um
exército de dez mil homens quando os Jagas invadiram o seu
reino.
Negro sofrimento além mar: vem representando Os
escravos que viviam em senzalas, onde ficavam presos quando não
estavam trabalhando, e eram responsáveis por todo trabalho
braçal realizado nas fazendas. Trabalhavam de sol a sol e não
tinham quase tempo para descansar.
A vida útil do escravo adulto não passava de 10 anos
(por causa da dureza dos trabalhos e precariedade da
alimentação) e seus filhos eram seus substitutos.
Qualquer deslize era motivo para as mais horríveis
punições. Para fugir de todos estes sofrimentos, alguns escravos
se suicidavam; outros matavam seus feitores e ainda os que
fugiam para o quilombo.
Diabo da ambição representada pela fantasia que na
verdade simbolizam a ganância representa a crueldade.
Palmares verde paraíso representando o maior quilombo
das Américas, um local onde os negros podiam viver em liberdade,
lugares onde havia Palmares, solo fértil e vegetação abundante
nove rios.
Igualdade e conquista Luta e resistência sempre foram
características da população negra. O movimento negro é o mais
antigo movimento social, em mais de quatrocentos anos de luta,
desde os quilombos ao movimento negro contemporâneo, chegando às
diversas organizações, entidades e articulações de grupos
anti-racistas em nossos dias atuais.
Essa longa experiência de luta acumulada desde os
tempos coloniais por africanos e seus descendentes é nosso mais
valioso patrimônio cultural, fonte inesgotável da resistência
que opomos à continuada opressão desumanizadora do racismo.
Renunciar à luta para eliminar o racismo é renunciar a nossa
humanidade.
Liberdade tão sonhada: Somente no dia 13 de maio de
1888 através da Lei Áurea que finalmente a liberdade tão
merecida foi alcançada pelos negros brasileiros.
Esta lei foi assinada pela Princesa Isabel e aboliu de
vez a escravidão.
Infelizmente ao serem alforriados os negros não sabiam
o que fazer com a sua liberdade porque não tiveram nenhum amparo
do governo e uma maioria continuou nas fazendas onde
trabalhavam, mas ganhando salários irrisórios, outros foram para
as grandes cidades e acabaram na marginalidade.
Cultura e religião: A contribuição cultural de
escravos-negros é enorme. Na religião, música dança,
alimentação, língua, temos a influência negra, apesar da
repressão que sofreram as suas manifestações culturais mais
cotidianas. No campo religioso, a contribuição negra é
inestimável, principalmente porque os africanos, ao invés de se
isolarem, aprenderam a conviver com outros setores da sociedade.
África
mãe, berço da existência da humanidade e terra onde viveram
nossos ancestrais.
Desde o inicio a mãe África sempre foi palco muitos
conflitos e sangrentas batalhas.
Mesmo antes de o mundo existir os conflitos já faziam
parte do dia a dia de nossos antepassados, assim como conta a
lenda da criação do mundo.
Há muito tempo, quando o mundo era apenas imaginação
de Olorum, ele encarregou Obatalá de criar o mundo e entregou a
ele o saco da criação.
Obatalá foi consultar Orunmilá, que lhe recomendou a
fazer uma oferenda, mais o mesmo não deu importância.
Chegado o dia da criação, Obatalá se pôs a caminho,
onde Exu era o guardião.
Vendo que Obatalá não tinha feito às oferendas, Exu
usou seus poderes para se vingar e uma grande sede começou a
atormentar Obatalá que se aproximou de uma palmeira e fez jorrar
vinho.
Obatalá bebeu até embriagar-se logo adormeceu.
Quando se certificou do sono de Obatalá, seu irmão
caçula Odudua apanhou o saco da criação e foi a seu pai pedir
que desce a ele tal missão, Olodumaré logo confiou a ele a
criação do mundo.
Assim ele desceu até a superfície do mar e abriu o
saco da criação deixando cair um punhado de terra, e cinco
galinhas de angola voarão e começaram ciscar espalhando terra,
em seguida com uma pomba branca criou o ar e camaleão e fez com
que ele caminhasse naquela superfície.
Logo Obatalá despertou tomou conhecimento do ocorrido
e voltou a Olodumaré contando sua história, que nada pode fazer,
mais disse a ele que a missão não estava ainda completa e
Olodumaré concedeu á Obatalá à criação de todos os seres vivos
que habitariam a Terra.
Obatalá modelou em barro os seres humanos e um sopro
de Olodumaré os animou.
O mundo agora se completara.
Agora
já era meado do século XVI e varias regiões da África viviam em
guerras entre vários reinos e tribos rivais, faziam prisioneiros
em conflitos e vendiam-nos para árabes e europeus. De fato, este
foi um dos elementos chaves responsáveis pela mercantilização
dos povos africanos.
Aqualtune, Filha do Rei do Congo, a princesa, comandou
um exército de dez mil homens quando os Jagas invadiram o Congo,
Aqualtune foi para frente de batalha defender o seu reino mais
foi derrotada, logo depois foi levada como escrava para um navio
negreiro e desembarcada em Recife.
Como era forte e saudável Aqualtune foi destinada à
reprodução de futuros escravos.
As escravas não possuíam família, cidadania, ou
qualquer direito. Sendo obrigadas a aceitar estupros e relações
não consentidas. Devido aos maus tratos e péssimas condições de
vida, muitos eram os negros fugiam e se embrenhavam mata à
dentro, formando focos de resistência.
O negro chegava ao Brasil tendo como porta de entrada
a Bahia, ali seguiam para diversas regiões do país, muitos eram
levados para extração de pedras preciosas na grande Mina gerais
onde o olho da cobiça da coroa Portuguesa se fazia presente.
Quando Aqualtune chegou ao Brasil, por volta de 1600,
cerca de quarenta escravos fugidos chegaram à Serra da Barriga,
onde havia palmeirais, solo fértil, vegetação abundante e nove
rios. Por essa razão, escolheram o lugar para viver, formaram
vários povoados fortificados e deram-lhe o nome de Quilombo de
Palmares. A região não ficava muito distante de Porto Calvo,
localizando-se em parte das terras de Pernambuco e de Alagoas.
Foi o maior quilombo das Américas, um local onde os negros
podiam viver em liberdade.
Aqualtune, nos últimos meses de gravidez, preparou a
fuga com alguns companheiros, e dirigiu-se ao Quilombo dos
Palmares. Lá organizou um Estado Negro e naquele território teve
sua ascendência real reconhecida, rituais e tradições
respeitadas, passando a chefiar uma das povoações que levou o
nome de Mocambo de Aqualtune. Isto porque, nos quilombos, os
governos eram dados àquelas pessoas que na África tinham tido um
passado de chefia.
Por volta de 1670, havia cerca de cinqüenta mil
pessoas nos quilombos, dentre ex-escravos, índios e brancos
fugidos da lei.
Segundo a historia, Aqualtune teve várias filhas e
filhos, entre os quais: Gana Zona e Ganga Zumba. Em 1655, Sabina
deu-lhe um neto, nascido quando Palmares se preparava para mais
um ataque holandês. Por isso, os negros cantaram e rezaram
pedindo aos Orixás que o Sobrinho de Ganga Zumba, e, portanto
seu herdeiro crescesse forte, e deram-lhe o nome de ZUMBI.
A
criança cresceu livre e passou sua infância ao lado de seu irmão
mais novo chamado Andalaquituche, garoto ainda Zumbi conhecia
Palmares inteiro. Passam-se os anos e Palmares torna-se cada vez
mais uma potência. Mais de 50.000 habitantes livres,
distribuídos em vários mocambos. Zumbi cresce e se casa com
Dandara. A população negra agrupada no Quilombo dos Palmares
resistiu por quase um século aos ataques.
A princesa Aqualtune morreu em uma das batalhas
comandadas pelos paulistas para a destruição dos quilombos. Sua
aldeia foi queimada em 1677, e ela já idosa, faleceu lutando.
A lei Áurea foi assinada, mais até hoje brigamos por
igualdades sociais.
Também carregamos na alma a continuidade e a tradição
de nossa cultura e religião através dos tempos.
Hoje olho para o futuro vejo que muitos conflitos e
grandes batalhas ainda serão necessários para fazer um mundo
melhor para nossas futuras gerações.
Sabemos que, muitas Aqualtumes e zumbis ainda surgirão
na história porque o sol nasceu para todos.
Jose Ramos
(Ramos Formigão)
Roteiro do
desfile:
Nº |
Nome da Fantasia |
Nome da ala |
Descrição |
Responsável pela ala |
Comissão de Frente: A
imaginação de Olodumaré (Olorun) |
1° Tripé: A coroa da escola |
1° Casal de Mestre-Sala
e Porta-Bandeira: A luz da criação |
1 |
O
reino de Olokun |
Baianas |
|
Claudir |
2 |
Discórdia (Exu) |
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3 |
Elementos da criação |
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4 |
Seres vivos |
Crianças |
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Fátima |
5 |
O
sopro da vida |
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6 |
O
reino do congo |
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7 |
Cultura africana |
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8 |
Os
guerreiros Jagas |
Bateria |
|
Léu |
9 |
Os guerreiros
de Aqualtume |
Passistas |
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10 |
Sofrimento alemar |
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11 |
Diabos da
ambição |
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11 |
Palmares o verde paraíso |
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12 |
Igualdade e as conquistas |
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13 |
Cultura e tradição |
Velha Guarda |
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Rose |
14 |
Liberdade tão sonhada |
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15 |
Cultura e religião |
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