FICHA TÉCNICA 1999

 

Carnavalesco     Max Lopes
Diretor de Carnaval     Milton Perácio
Diretor de Harmonia     Borre, Robertinho e Comissão de Harmonia
Diretor de Evolução     Borre, Robertinho, Milton Perácio e Teteu
Diretor de Bateria     Mestre Odilon Costa
Puxador de Samba Enredo     Edson Marcondes (Nêgo)
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Reinaldo Alves Teixeira (Ronaldinho) e Verônica Barbosa Limeira
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Márcio Luis Fonseca da Costa e Squel Jorgea Ferreira da Silva
Resp. Comissão de Frente     Caio Nunes
Resp. Ala das Baianas     Marilene Regina
Resp. Ala das Crianças     Catarina

 

SINOPSE 1999

Ei – Ei – Ei, Chatô é nosso rei!

Abertura:

Nascimento e Formação Cultural

            Nordestino, nascido em Umbuzeiro, no estado da Paraíba, nasceu o pequeno Francisco de Assis.
            E foi de sandálias que ele custeou seus próprios estudos, até se tornar advogado e professor catedrático de Direito Romano na faculdade de Pernambuco, única faculdade de Direito do Brasil na época.
            Permaneceu por muito tempo ligado a Pernambuco, pelo amor que tinha pela sua terra. Ali, uma das coisas que mais apreciava era o folclore pernambucano, especialmente o maracatu.

O Jornal

            Em 1924, editou o seu primeiro jornal, de nome "O Jornal", semente de um grande império de comunicação no país, cuja cadeia se estenderia por 18 estados e 23 cidades brasileiras.
            Logo depois, lançou-se o 2º jornal do grupo, o "Diário da Noite".
            Em 1928, dois anos antes da revolução de 30, fundou a empresa gráfica "O Cruzeiro", que editou a revista de mesmo nome, entre outras.

O Rádio

            Em 1934, partiu para fundar um novo sistema de comunicação em cadeia: a do rádio.
            Assim, em 25 de setembro de 1935, Chateaubriand inaugurou a Rádio Tupi, no Rio de Janeiro. Para o ato inaugural, trouxe ao Brasil Guglielmo Marconi, inventor do rádio.
            Logo depois, a Tamoio do Rio e mais de duas dezenas de emissoras entrariam no ar, nos mais diversos estados da Federação, criando, assim, uma onda só da unidade nacional.

Senador pelo estado do Maranhão

            Foi no Senado que pode exercitar sua oratória, tendo feito discursos que indicavam clareza de raciocínio e erudição, mas caracterizados, também, por ironia e irreverência, sensibilizando os parlamentares, ao abordar temas de interesse nacional.

A Televisão

            Em 1950, depois do êxito da televisão na Inglaterra, trouxe para o Brasil equipamentos e, realizando um sonho pioneiro, inaugurou, em 18 de setembro de 1950, a primeira emissora de televisão em nosso país, a TV Tupi Difusora, em São Paulo, que teve Costa Lima como seu primeiro diretor.
            Em 1985, com os festejos dos 35 anos da implantação da televisão no Brasil, veio a Tupi do Rio de Janeiro. Um pioneirismo no Brasil, com repercussão em toda a América Latina.

Acadêmico em Letras

            Em 1954, seus discursos de grande qualidade literária formariam a bagagem para que fosse eleito membro da Academia Brasileira de Letras, onde sucedeu Getúlio Vargas, ocupando a cadeira de Thomaz Antonio Gonzaga.

Embaixador em Londres

            Em 1956, Assis Chateaubriand passa a fazer parte da galeria de embaixadores, com seu retrato em moldura especial. Ele revolucionou o estilo da diplomacia quando foi convidado por Juscelino Kubitschek para titular da Embaixada do Brasil junto ao Reino Unido.
            A marca de sua atuação na Embaixada do Brasil em Londres foram as famosas festas que promovia para divulgar na Europa as coisas e costumes do Brasil. Levava para lá, arcando ele próprio com todas as despesas, grupos folclóricos do Nordeste e do Sul, que sempre admirava e apoiava. Essas iniciativas causavam sempre muita sensação na Corte.
            Possuidor de grande carisma, conseguiu parcerias e investimentos para o Brasil, em viagens que fez por toda a Europa. Conquistou a Rainha, quando disse: Não sou diplomata. Sou um repórter acreditando na Corte de "St. James".

Visão do Futuro:

A Aviação

            Chateaubriand fez inúmeras campanhas em prol do desenvolvimento do país, como a Campanha Nacional da Aviação, sob o lema "Para não Perder os Mercados".

Amante da Natureza

            Amava a natureza, e lançou a campanha dos beija-flores, em 1956. A campanha culminou com a "Grande Revoada dos Beija-Flores", no Jardim Botânico, com a presença do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. Na ocasião, centenas de beija-flores foram soltos.
            Na casa amarela, em São Paulo, ele manteve um grande viveiro para criação e estudo dos beija-flores.

A Agropecuária

            Iniciou em São Paulo a realização de um grande sonho, a criação de fazendas-modelo, nas quais utilizava máquinas modernas, em substituição às técnicas manuais.
            Na pecuária, mobilizou todos os seus esforços importando gado Galloway e Hereford, a fim de melhorar o plantel brasileiro.

Nas Artes

            Destaca-se o Museu de Arte de São Paulo, reconhecido pela Unesco como museu padrão, e que era sua paixão.
            Além disso, criou museus regionais: Dona Beija, em Araxá, o Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco, em Olinda, além de Feira de Santana, Porto Alegre e Pedro Américo, em Campina Grande. Todos eles possuíam peças famosas de todas as tendências e escolas.

O Futuro

            Uma das preocupações de Chatô, nos seus últimos anos de vida, era a continuidade do trabalho de unidade nacional que criara através da integração de uma cadeia de veículos de comunicação, envolvendo jornais, rádios e tevês, por todo o território brasileiro.
            Criou, então, um condomínio acionário e distribuiu ações e quotas que possuía de suas empresas.
            Morreu, em 1968, vítima de uma trombose cerebral e, mesmo atado a uma cadeira de rodas, usava a mente e mantinha-se dedicado pelas coisas e causas nacionais.
            Hoje, o grupo acionário (Diários Associados) pensa num futuro cibernético onde, via satélite, a comunicação irá rapidamente do Brasil para o mundo, a partir de suas idéias, que continuam vivas.
            A Grande Rio, em sua arrancada para o Carnaval 1999, último do século, também pensando no futuro, não poderia deixar de prever o avanço dessa comunicação e, homenageando o grande homem Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, gritar a uma só voz: Ei ei ei, Chatô é nosso rei!

Max Lopes

 

SAMBA ENREDO                                                1999
Enredo     Ei, ei, ei, Chateau é nosso rei!
Compositores     Nêgo, Barbeirinho e Derê
Brilhou ô ô ô ô uma luz lá no agreste
Vem meu povo ver de perto
O cabra da peste que na Paraíba nasceu
Em Umbuzeiro do Norte, hoje a saudade é você

De sandálias ou pé no chão
Em Pernambuco se formou
Amante do folclore do maracatu

O jornal, pelo Brasil ele espalhou

Ei, ei, ei, Chateau é o nosso rei
Fez do rádio a nossa comunicação
Foi senador representando o Maranhão

Mas o sonho iria mais além (mais além)
Nos deu a graça da televisão
Fez valer sua cadeira
Na Academia Brasileira
Em Londres foi um grande embaixador
Com seu carisma a rainha conquistou
Deu asas à nossa aviação
Liberdade ao Beija-flor
Em São Paulo um sonho realizou

Reconhecida a arte do seu museu padrão
Que era a sua grande paixão
Hoje eu vou, meu amor
Com esta arte que encanta multidão
Mito brasileiro você nos dá prazer
A Grande Rio agradece a você

Ao passar este milênio no futuro promissor
Será que o homem
Perde espaço pro robô (Oh! Senhor)