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FICHA TÉCNICA 1998

 

Carnavalesco     Max Lopes
Diretor de Carnaval     Milton Perácio
Diretor de Harmonia     Sidney Machado (Chopp)
Diretor de Evolução     Sidney Machado (Chopp) e Milton Perácio
Diretor de Bateria     Mestre Odilon
Puxador de Samba Enredo     Edson Marcondes (Nêgo)
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Robson dos Santos (Robson Sensação) e Ana Paula da Silva Gomes (Ana Paula)
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Anderson e Verônica Barbosa Limeira
Resp. Comissão de Frente     Caio Nunes
Resp. Ala das Baianas     Marilene Regina
Resp. Ala das Crianças     Não Possui

 

SINOPSE 1998

Luiz Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança

Considerações:

            O simples fato de Pablo Neruda. admirável príncipe das letras. não pertencente a nenhum povo, mas a toda humanidade, ter declamado um poema em homenagem ao brasileiro LUIZ CARLOS PRESTES e, posteriormente, Charles Chaplin e Groucho Marx, antológicas expressões da cinematografia mundial, também terem manifestado simpatia pelo grande líder, numa época em que a sociedade emergia de um conflito mundial e atravessava um período negro, com receio de emitir opiniões, é razão suficiente para o G.R.E.S. ACADÊMICOS DO GRANDE RIO, em pleno gozo de seus direitos de liberdade de pensamento e expressão, conceber, realizar e apresentar no Carnaval de 1998, coincidentemente no ano do l° centenário do nascimento de PRESTES, um enredo que poderá ser considerado a vanguarda de tudo que os historiadores do próximo milênio registrarão nas páginas da Memória da Nação a respeito da epopéia realizada por esse brasileiro, comparativamente superior aos feitos de dois outros grandes comandantes militares - Annibal e Alexandre - que também se inscreveram na História, com suas marchas memoráveis.
            O inusitado enredo que o G.R.E.S. ACADEMICOS DO GRANDE RIO apresentará na maior festa popular do mundo, mostrará uma história de amor, determinação e esperança. Serão focalizados trechos da vida heróica e sofrida de um brasileiro que amou e se dedicou à sua Pátria. Retrataremos um homem que se manteve de frente para o seu povo. Considerou e respeitou os pequenos trabalhadores e seus grandes empregadores.
            O tamanho do seu amor abrangia as propriedades sem distinção de ricos ou pobres, o complexo fabril, os campos produtivos, as instituições militares, eclesiásticas e familiar, enfim, o próprio homem que é o rei e o centro de todas as questões.
            Com este enredo, o G.R.E.S. ACADÊMICOS DO GRANDE RIO não pretende aumentar nenhum curriculum acadêmico, consciente de que. apesar da lembrança das datas, poderá ocorrer pequenos equívocos, mas isso não comprometerá o perfeito entendimento desse período da História.
            Feitas essas considerações, deliberou a nossa Escola de Samba, dentro do seu estilo irreverente, mas comprometida com a verdade e motivos patrióticos, colaborar com o inevitável processo de resgate da memória dessa ilustre figura da História do Brasil e, para justificar a escolha, mostrará durante a sua apresentação, sem qualquer maquiagem dos fatos, o seu caráter e a determinação, baseando a concepção e a plástica do tema em fatos incontestáveis, deixando para o público assistente, cientistas políticos, estudantes, órgãos de imprensa e, principalmente, o Emérito Corpo de Julgadores, a emissão de opiniões e conceitos.
            É oportuno registrar que seria impossível seqüenciar todos os acontecimentos dispostos na exata cronologia e semelhança dos fatos, devido a ótica de cada um dos historiadores a respeito da obra de LUIZ CARLOS PRESTES.
            Faz-se necessário, antes do relato do conteúdo do enredo, pela emoção que transmite, a transcrição adaptada de uma parte colhida aleatoriamente de um maravilhoso trabalho literário que fez parte do álbum confeccionado em sua homenagem, por ocasião das Comemorações do 30° Aniversário de Fundação do PCB.
            “Seu nome, reproduzido em ecos, corria sobre os campos e montanhas. Inspirava lendas e canções de entusiasmo e patriotismo, transmitindo esperança e dignidade aos aflitos e injustiçados.”
            Naquele tempo, como ainda hoje, a hipocrisia e debochada propaganda de massificação da necessidade do conformismo e resignação, idealizada pelos falsos heróis, beneficiários da sistemática guerra contra a humanidade, determinou a avalanche da impetuosa força da paz, que só terminará no Final dos Tempos.
            Este enredo é de fundamental importância, inteiramente voltado para a abertura de novas fontes de conhecimento da sociedade contemporânea a qual convidamos para utilizar sua energia e coragem a serviço da pacificação. da felicidade e bem estar dos povos, objetivo final dos homens rotulados de “Defensores da Paz”.

Desenvolvimento:

            Em 1898, precisamente no dia 03 de janeiro, na cidade gaúcha de Porto Alegre, nascia mais uma grande figura da nossa História. Filho de um oficial do Exército, logo manifestou vocação para seguir a carreira militar e durante a sua passagem pela Academia de Realengo destacou-se como excelente matemático, e sendo de formação liberal jamais recusou dividir os conhecimentos dessa ciência exata com os seus companheiros. Naquela época já demonstrava espírito de solidariedade, atitude que conservou durante todos os acontecimentos em que esteve envolvido ao longo dos anos.
            Dotado de incomum inteligência, passou a estudar e se interessar pelo curso da política nacional para compreender a situação sócio-econômica do Brasil, acabando por reconhecer que o País encontrava-se fora dos padrões e que alguma providência deveria ser tomada em favor da classe menos assistida - o PROLETARIADO.
            Ao final da grande revolução realizada na Rússia, em outubro de 1917, que chamou a atenção mundial, os dirigentes do grupo vitorioso ocuparam o poder. Inspirados por esse acontecimento, anos depois, líderes brasileiros, fundaram o partido formado por homens do povo, e até ai tudo corria bem. Enquanto isso, Prestes estudava e se tomava um teórico.
            Os acontecimentos despertaram a atenção de um pequeno mas atuante grupo, frontalmente contrário a nova força emergente da política nacional. Assim, aproveitaram-se do movimento armado de 05 de Julho de 1922, iniciado no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, conhecido como os “18 do Forte”, para depredarem a sede da nova organização política.
            Esse movimento, realizado por 18 idealistas, pode ser inserido na história dos movimentos militares ocorridos em todo o mundo, como o mais insólito, sem precedentes, só possível acontecer no bairro de Copacabana, ainda hoje o mais boêmio e instigante pelo tamanho das realizações, verdadeiro feudo do imponderável e da utopia.
            Outro movimento, também de grande repercussão, é oportuno lembrar, porém menos preocupante - A SEMANA DE ARTE MODERNA - era deflagrado em 1922. Mesmo apreensivo, face aos acontecimentos políticos, o povo visitava os salões de exposições, para apreciar objetos de arte e quadros assinados por artistas de renome internacional, o que serviu para aliviar as tensões.
            Com cautela, o povo organizava bailes nos grandes clubes e chás beneficentes. Enfim, o tempo era de modernismo e a sociedade burguesa aproveitava as delícias da “Bela Época”, enfeitada por lindas e elegantes mulheres, as “melindrosas”, de saudosa lembrança, apesar da efervescência do período.
            Seguidos desentendimentos e posicionamentos radicais de lideranças contribuíram para a organização do segundo levante, exatamente no dia 05 de julho de 1924, dois anos depois.
            A situação crescia de intensidade, obrigando a interferência pessoal de Prestes, em Santo Ângelo, Rio Grande do Sul, em outubro do mesmo ano, quando demonstrou a sua liderança e definição política, chefiando uma força de dois mil homens na Região Missioneira. Continuando à frente dos revolucionários, inúmeras vezes viu-se cercado por tropas do Governo, superiores em número e melhor equipadas. Comprovando a sua posição de matemático e estrategista, identificou o ponto vulnerável existente no anel envolvente das forças contrárias e investiu sobre elas, travando e vencendo o combate de Ramada, no dia em que completou 26 anos de idade.
            As tropas revolucionárias eram predestinadas a grandes vitórias. Fustigadas pelas forças de um outro respeitado Chefe Militar, o Cel. Claudino Nunes Pereira, os revolucionários executaram um surpreendente e audacioso movimento para aliviar a pressão exercida sobre os companheiros, tomando o inesperado acesso que conduzia à região de Foz do Iguaçu, deixando as forças que fechavam o anel frente uma da outra, fazendo parecer que se defrontavam com o oponente, o que causou um violento combate com perda considerável nas duas forças do Governo.
            Apenas para ilustrar este enredo, sem qualquer tentativa de formar opiniões ou concluir pelos erros ou acertos de Luiz Carlos Prestes, lembramos que ele protagonizou uma das maiores e inesquecíveis páginas da História Militar Mundial. À frente da sua Coluna realizou constantes deslocamentos, percorrendo a maior distância que a história registra, aproximadamente, 36 mil quilômetros, impondo sucessivas derrotas a mais de uma dezena de generais, auxiliados por “coronéis” do interior, que chegaram a formar uma força de 100 mil homens para confrontar com a Coluna Prestes.
            Historicamente, todos os grandes movimentos, independentemente dos erros ou acertos, produzem resultados. No caso da Coluna Prestes serviu para retirar o imenso manto que encobria o Brasil. Os seus seguidores, nascidos nos centros mais adiantados, passaram a conhecer a verdadeira realidade. Viram, diante de si, o Brasil que desconheciam. Encontraram um povo sem qualquer identidade e benefícios, explorado pela minoria detentora da terra -não se sabe adquirida de quem - e dos meios de produção.
            Os contatos diretos com a população sofredora do País, fazia crer que a Coluna marchava no caminho certo. A medida que penetrava no sertão e encontrava novos núcleos recebia mensagens silenciosas transmitidas pelos olhares, suplicando para que não depusessem as armas enquanto medidas radicais não modificassem completamente aquela indisfarçável verdade. Entretanto, o empreendimento suplantava a capacidade e a resistência humana. A reflexão, o bom senso e as circunstâncias, levaram os Comandantes da Coluna à compreensão de que seria insensatez prolongar a marcha com a finalidade de substituir homens no poder, quando o importante seria modificar o sistema vigente em todo o País e isso exigiria uma marcha equivalente em distância, a várias voltas em torno da Terra, para atingir a sua finalidade. Mais eficiente que a luta armada, seria conscientizar o Homem para usar o pensamento como arma, e isso, certamente, levaria a uma solução sensata.
            A Coluna Prestes, apesar de tudo, continuou a sua marcha vitoriosa de outubro de 1924 até fevereiro de 1927, quando ingressou na Bolívia, obtendo asilo político.
            Este foi um tempo tranqüilo e sereno da vida de Prestes, até por uma questão de respeito ao País que lhe concedeu asilo.
            A convivência com aquele povo deu-lhe um maior conhecimento e maturidade. Mesmo à distância, preocupava-se com a situação brasileira e na oportunidade em que esteve em Buenos Aires, em maio de 1930, lançou um manifesto que causou extraordinária repercussão entre as massas proletárias do País.
            A elaboração literária do texto, demonstrou que o autor, além de excelente estrategista, também era profundo conhecedor da política, da sensibilidade humana, das suas fraquezas, ambições e egoísmo.
            Em 1931, passou pela União Soviética decidido a observar e estudar a essência do socialismo, tomando-se um teórico, e os seus conhecimentos foram empregados no Brasil.
            No ano de 1934, o acontecimento de maior significado, a feroz reação de Vargas contra as massas populares, obrigou a filiação de Prestes no PCB. O alistamento garantiu ao partido a adesão do maior líder da América, dando novo e decisivo impulso ao processo revolucionário brasileiro.
            Treze anos depois do movimento dos “18 do Forte”, mais uma vez levanta, simbolicamente, a bandeira do social-liberalismo, opondo-se à ditadura fascista que tentava liquidar os últimos direitos democráticos do povo brasileiro. De um lado, o integralismo como vanguarda da opressão. De outro, todos os participantes da Aliança Nacional Libertadora, defendendo o direito de livre pensamento e terra para o povo produzir.
            O desdobramento da situação obrigou Prestes, mais uma vez, a se colocar à frente de um movimento armado.
            Inteiramente alheia ao direito do povo escolher seu próprio destino, ideologia e filosofia de vida, a força reacionária fascista, autorizada por Vargas, atira-se contra o símbolo da liberdade - Quartel da Praia Vermelha - iniciando um bombardeio sem precedentes, nas guerras civis brasileiras. A derrota imposta aos partidários da aliança, encerrou o ciclo dos movimentos armados liderados por Luiz Carlos Prestes, dando início ao movimento do pensamento.
            O aniquilamento da revolução de 1935, encorajou a ditadura atirar-se contra os remanescentes do levante, chegando até onde se encontravam Prestes e sua corajosa mulher Olga.
            A serenidade e a altivez com que se apresentou diante dos agentes da temida Polícia Especial de Vargas, comprovou que atrás de um grande homem, sempre caminha uma grande mulher. Olga foi uma heroína, e as gerações futuras, menos intoxicadas pelo confuso sistema político brasileiro, resgatarão a sua memória e colocarão o seu nome na Galeria das Heroínas deste País.
            O tempo decorrido, da prisão, até 18 de abril de 1945, data da libertação de Prestes, foi de total sofrimento. Qualquer outro mortal, por mais resistente e acostumado a fortes emoções seria aniquilado. No caso de Prestes, serviu para rotulá-lo como o “Cavaleiro da Esperança”.
            Dentre os grande golpes sofridos, certamente, o que pôs à prova a sua capacidade de resignação foi a humilhante deportação de Olga para a Alemanha Nazista, sem qualquer crime cometido, devido apenas à sua origem judia, culminando com a sua morte, na câmara de gás em 1942.
            Ainda em 1945, deu prova da sua popularidade, obtendo nas urnas a maior votação registrada em toda a história política do país, para um mandato de Senador. Enquanto exercia o mandato, durante o governo de sua Excia., o Senhor Marechal Dutra, o PCB foi declarado ilegal, ocasionando a sua cassação e uma nova prisão. Doze anos depois as manifestações populares repercutem, garantindo a revogação da prisão e o seu retorno às atividades políticas.
            A marcha da vida, por mais amarga que seja, as vezes permite momentos de felicidade. Um dos poucos vividos por PRESTES, foi o casamento com MARIA, em segunda núpcias, na década de 50. Frutos dessa união ainda vivem, e um deles, LUIZ, na qualidade de convidado especial, receberá em nome do pai, durante a marcha da Grande Rio, no Carnaval/98, as justas homenagens dos brasileiros.
            Outro movimento, a Revolução Musical, não armada, porém mais barulhenta, codinome TROPICALISMO, iniciado na década de 60, foi precursor da revolução artística musical dos dias de hoje.
            Por ter alterado o comportamento e as tradições do povo brasileiro, da mesma forma que a COLUNA PRESTES, medidas as proporções, o movimento será lembrado pela característica revolucionária através da música, de reivindicações da atuante e politizada juventude brasileira de hoje, os respeitáveis senhores de amanhã.
            A Marcha de agora. a inexorável do tempo. chega até o ano de 1964, quando irrompeu um movimento em todo o país, que afastou várias lideranças do quadro político nacional. Sem qualquer alternativa, Prestes optou pela clandestinidade e foi condenado à revelia.
            Em 1971, obtém asilo e viaja para a União Soviética, passando, também, segundo notícias veiculadas, pela República Popular da China, sendo agraciado com uma condecoração do Governo daquela República, fato que foi amplamente divulgado por toda a imprensa mundial. Apenas no Brasil poucas pessoas ficaram sabendo da distinção que foi conferida ao Capitão brasileiro LUIZ CARLOS PRESTES. Oito anos depois é anistiado e retorna ao Brasil. No ano seguinte, as negociações partidárias acabam por exclui-lo do PCB.
            Neste mesmo ano, a 07 de março deixa o mundo físico e ingressa no espiritual, transferindo para a posteridade, como legado, o tesouro que representa o título que mereceu em vida: “CAVALEIRO DA ESPERANÇA”.
            Depois de demorado processo, no começo da década de 90, recebeu do Governo Brasileiro o posto de Coronel, que exerceu, em verdade, em toda a sua vida.
            Indiscutivelmente, a vida de Luiz Carlos Prestes, marcou um período da História do Brasil e no ano do primeiro centenário de nascimento, receberá a maior homenagem que pode ser prestada a uma figura de expressão brasileira, - a declaração de amor e respeito através do desfile de uma Escola de Samba - representada por 4 mil companheiros de marcha, no maior palco linear do mundo, para a maior platéia, considerando-se também as transmissões das televisões para o País e para o exterior.
            No simbólico “Programa do Espetáculo”, será proposto a público, a título de colaboração para a evolução da característica dof desfiles, a seguinte questão marcando cada um dos assistentes, a resposta que encontrar na própria consciência, depois da leitura das considerações finais:

            Os fatos ocorridos na União Soviética, no início da década de 90, culminando primeiramente com a chamada “Queda do Muro de Berlim” e, mais recentemente, a divisão territorial, cultural e política do Grande Gigante, nos obriga a fazer urna única indagação! Se pudéssemos recuar no tempo, teria valido a pena organizar a Coluna e os demais movimentos armados, relacionados com a era Prestes? Essa é a questão!
            O objetivo da Escola, mais que opinar ou fazer história, é prestar homenagem a um Homem de cuja obra não nos atrevemos emitir qualquer opinião. Os seus atos serão justificados ou não, conforme já dissemos, pelos historiadores do próximo milênio.
            De nossa parte, os episódios serão abordados, de modo irreverente, típico do Carnaval, sem qualquer paixão, apenas indagando para a orientação da própria comunidade, dos meios políticos e culturais, que nos darão a honra de apreciar o mérito do nosso trabalho, se é lícito ao homem, nos dias atuais, participar de qualquer movimento que não seja da palavra e da razão.
            Os tempos do brandir das armas, já vão distantes. A moderna sociedade brasileira, menos beligerante, porém melhor armada espiritualmente, deve fazer da mesa de negociações, preferencialmente redonda, para que ninguém ocupe lugar de destaque, o campo para confronto de idéias, do qual ninguém deverá se afastar apregoando vitória, menosprezando o oponente, que se declarar disposto a aceitar a proposta mais sensata e que resulte em beneficio de ambos os lados, qualquer que seja a característica da MARCHA, que tiver de ser realizada de DUQUE DE CAXIAS até a MARQUÊS DE SAPUCAÍ.

Max Lopes

 

SAMBA ENREDO                                                1998
Enredo     Prestes, o cavaleiro da esperança
Compositores     João Carlos, Carlinhos Fiscal e Quaresma
Desperta, nasceu
Cem anos nos pampas, que herança!
Coração Vermelho a palpitar
Cavaleiro da Esperança
Luiz do proletário carleando a Nação
Enfrentou adversários
Fez do Verbo o seu canhão
Sonhos de P de coragem
Cheio de C de paixão

Pelas trilhas destas terras, destas terras
Explosão de arte e guerra, não se encerra
Igualdade em seu pensar
Bolívia, Rússia, China um exílio que ensina
Proporciona um novo lar

Fruto de sua batalha
Fez-se a tropicália
E no Senado ascender
E a Coluna vai embora
Prestes soube e fez a hora
Esperar é perceber...
Hoje de cara pintada
Grande Rio irmanada, com imenso prazer
Tocantins se manifesta, a hora é essa
Prestes a acontecer

Ah! eu tô maluco, amor
Ah! quero reformas já
Ah! quero paz e amar
Sou Caxias, vou marchar