FICHA TÉCNICA 2001

 

Carnavalesco     Jorge Cunha
Diretor de Carnaval     Paulo Trabachini
Diretor de Harmonia     Marquinhos
Diretor de Evolução     Déo
Diretor de Bateria     Marquinhos
Puxador de Samba Enredo     Nego Martins
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Peninha & Kátia Kour
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Alex & Elaine Vicente
Resp. Comissão de Frente     Luis Monteiro
Resp. Ala das Baianas     Alice Gomes
Resp. Ala das Crianças     Conceição

 

SINOPSE 2001

E aí, têm patrocínio? Temos : " José "

A Origem:

          Realmente temos o grande Patrocínio – José Maria do Espírito Santo, brasileiro, mulato, nascido aos nove dias do mês de outubro de 1853; senhor por parte de pai, escravo por parte de mãe.
          Na segunda metade do Século XIX, os livres costumes do clero brasileiro eram ainda motivo de comentários escandalizados dos estrangeiros que nos visitavam.
          A escravidão muito contribuiu para esse quadro, criando facilidades para que numerosos eclesiásticos levassem a mesma vida dos senhores de engenho.
          Muitos daqueles eclesiásticos eram senhores de escravos, donos de negros e negras, em suas propriedades rurais ou nas residências urbanas.
          Um desses era o Vigário João Carlos Monteiro, doutor em cânones pela Universidade de Coimbra, e principal figura do clero de São Salvador de Campos dos Goitacazes, próspera cidade do norte fluminense. Homem de muito prestígio e influência, fora ele um dos muitos beneficiados pela escandalosa distribuição de " africanos livres", - negros apreendidos em navios negreiros (monstros negreiros ), após a extinção do tráfico legal, em 1831.
          Grande orador sacro, jogador inveterado e insaciável, devorador de pernil com arroz de forno, vivia ele, como tantos outros sacerdotes, em notória desordem com mulatas e negras.
Tinha precisamente 54 anos quando se deixou enfeitiçar pelos encantos de uma negrinha adolescente de seus 12 a 13 anos - Justina Maria do Espírito Santo, nascida em Mina, na costa ocidental da África, descendente de pais já bem aclimatados na região e cristianizados, pelo menos na aparência.
          Justina logo engravidou e aos 13 anos dava a luz a um menino: "José"
          No despacho do Reverendo Vigário da 1ª Vara, Cônego Pereira Nunes, registra José Maria do Espírito Santo, filho natural de Justina Maria do Espirito Santo, eximindo assim toda e qualquer responsabilidade do "pai".
          Passou a infância na Fazenda da Lagoa de Cima, onde pôde observar desde criança a situação dos escravos e assistir aos castigos que lhes eram infligidos. Por certo, nasceu ali a extraordinária vocação abolicionista.
          Cresceu criado por seu padrinho com todos os mimos, estudou na escola do Padre Antunes, onde aprendeu a ler e escrever; em vez de assinar-se José Maria do Espírito Santo, usava o nome de JOSE CARLOS DO PATROCÍNIO.
          Por que PATROCÍNIO? Porque fora batizado no dia 08 de novembro quando solenizava a Igreja Católica o "Patrocínio da Virgem Santíssima".
          Zeca, como era chamado, foi trabalhar no comércio como aprendiz de caixeiro, mas o preconceito racial o privou do emprego, porque o público não gostava de ver uma pessoa de cor no balcão.

Vinda para a Corte

          Tinha 14 anos quando ao chegar à Corte, deslumbrado, José do Patrocínio ainda encontraria alguns espetáculos desagradáveis e pungentes, pouco dignos da capital de tão vasto Império. Um deles era o dos escravos, com grandes cubas de madeira à cabeça indo despejar nos rios, canais e praias da cidade as fezes recolhidas durante dois ou três dias nos domicílios cariocas. Pelas ruas, transitavam ainda, com seus rolos de corda, os mesmos truculentos capitães-do-mato, especialistas em capturar negros fugidos.
          Dificílimo, o começo de vida do adolescente José do Patrocínio na Corte.
          Começou a trabalhar na Santa Casa de Misericórdia como quase servente de Farmácia - varria o chão, lavava frascos e misturava drogas. Uma vida sem conforto, trabalho pesadíssimo, morava e comia na própria Santa Casa. Mesmo assim começou a estudar, ainda que com muito aperto.
          A Santa Casa fez um entendimento com as irmãs de caridade de onde foram excluídas as colaborações masculinas, mais um golpe recebido com a saída do hospital.
          Passou a receber apoio do Dr. Albino Rodrigues de Alvarenga, médico da Casa Imperial. Continuou seus estudos, ingressando na Faculdade de Medicina como aluno de Farmácia, concluindo o curso em 1874. O dom de fazer preciosas amizades era um dos segredos do moço campista. Insinuante, sabendo captar a confiança alheia, não havia portas que ele não abrisse naturalmente, quase sem esforço. A casa do colega João Rodrigues Pacheco Vilanova, em São Cristóvão, tornou-se o seu novo lar. Para que Patrocínio pudesse aceitar sem constrangimento a hospedagem que lhe era oferecida pelo padrasto do seu amigo, o capitão Sena propôs-lhe que como pagamento lecionaria aos seus filhos. Patrocínio aceitou a proposta e desde então passou também a freqüentar o "Clube Republicano," que funcionava na residência, do qual faziam parte Quintino Bocaiúva, Lopes Trovão, Pardal Mallet e outros.

Patrocínio e a Imprensa

          Junto com Dermeval da Fonseca publicou os Ferrões, quinzenário que saiu de 1º de junho a 15 de outubro de 1875, formando um volume de dez números. Os dois colaboradores se assinavam com os pseudônimos Notus Ferrão ( Patrocínio ) e Eurus Ferrão ( Dermeval ).
          Dois anos depois, Patrocínio estava na "Gazeta de Notícias" onde tinha a seu cargo a "Semana Política ou Parlamentar" que foi publicada a 26 de fevereiro de l877 e que assinava sob o pseudônimo Prudhome. No mesmo ano, o poeta e folhetinista descobriu a vocação de romancista e escreveu Mota Coqueiro ou Pena de Morte (1877), Os Retirantes (1879) e Pedro Espanhol (1884).
          Em 13 de maio de 1878, Patrocínio deixa o Rio para fazer uma viagem ao Norte fazendo escalas em vários portos, o que lhe daria oportunidade de escrever diversos artigos sobre o estado das capitais visitadas.
          Patrocínio encantou-se, com Recife, a legendária cidade da liberdade.
          Ao desembarcar na Paraíba, Patrocínio viu pela primeira vez um quadro impressionante: Os retirantes.
          No Ceará, o quadro não era diferente. O que ele viu nesses grandes acampamentos de miséria, era de cortar o coração menos sensível: Os cearenses morriam como formigas.
          Patrocínio escrevia assim não apenas a sua primeira grande reportagem, mas também o primeiro trabalho jornalístico que aparecia na imprensa brasileira sobre o problema das secas nordestinas. Patrocínio confessa:

"Tive ódio da natureza, durante anos não pude ouvir falar em seca no Norte sem comover-me. Felizmente, passou. O tempo é um sedativo"

Campanha pela Abolição – 1879

          Em torno dele formou-se um grande coro de jornalistas e oradores, entre os quais Ferreira de Menezes na Gazeta da Tarde, Joaquim Nabuco, Lopes Trovão, Ubaldino do Amaral, Teodoro Sampaio, Paula Nei, todos da Associação Central Emancipadora. Por sua vez, Patrocínio começou a tomar parte nos trabalhos da Associação.
          No ano de 1880, Patrocínio não perdia nenhuma reunião no Clube Republicano de São Cristóvão.
          Na Rua da Cancela, havia a Escola Noturna Gratuita tão cheia de pessoas de cor, a maioria escravos fugidos, que a vizinhança passaria a denominá-la "Quilombo da Cancela".
          Em 15 de janeiro de 1881, casou-se com Maria Henriqueta de Sena ( BIBI ) e passou para a Gazeta da Tarde substituindo Ferreira Menezes, que havia morrido. Na verdade tornou-se o novo proprietário do periódico, comprado com a ajuda do sogro. Patrocínio tinha atingido a grande fase de seu talento e de sua atuação social.
          A 25 de março de 1884, o Ceará inteiro era declarado livre, exatamente no mesmo dia em que, na França, Patrocínio se reunia com cerca de trinta figuras do mundo político e jornalístico francês.
          Depois de duas viagens ao Ceará e de uma à Europa voltava pela primeira vez à terra natal em 10 de março de 1885, refazendo às avessas o percurso que o trouxera ao Rio de Janeiro.
          Na volta traz consigo a mãe, a modesta quitandeira de Campos que infelizmente no dia 18 de agosto do mesmo ano morre sem que houvesse visto chegar o dia da liberdade para os negros de sua terra.
          Sua vida? Igual ou quase igual a de tantas outras trazidas da África.

Confederação Abolicionista – 1886

          Fundou a Confederação Abolicionista, e redigindo o manifesto assinado também por André Rebouças e Aristídes Lobo a ser apresentado ao Parlamento do Império.
          O jornal Gazeta da Tarde tornou-se o quartel-general dos confederados.
          Da redação do jornal a confederação coordenou a luta que se desenrolava em todo o território nacional. Promoveu a propaganda em favor da causa abolicionista.
          A Confederação tornou-se reconhecida pelos políticos e temida pelos governos.
          Patrocínio era um dos candidatos da confederação à Câmara Municipal.
          Em seu discurso ironizou impiedosamente os poderes do Imperador Pedro II.
          Com entonação satírica, critica a política imperial, ridicularizando os preceitos de divindade que cercavam a figura do monarca:

"Sua majestade é o querido de Deus; se Ele o fez firmamento, foi simplesmente porque sua majestade é astrônomo; se fez a natureza, se fez esse canto de terra com esta vegetação... é porque sua majestade é botânico.
          Se nosso solo tem minas preciosas... se o diamante cintila, o ouro amaraleja; se o carvão de pedra negreja... se há um prisma oculto de baixo de nossos pés, é porque sua majestade é mineralogista.
          Se há algum de nós, que pensa, que imagina, é porque sua majestade é poeta; se algum de nós trabalha é porque sua majestade é ativo ... todas as grandezas da criação, desta parte da América, existem somente por esta simples razão, porque sua majestade dá à humanidade e a Deus a honra de existir.
          Sua majestade, portanto,... é obrigado, pela sua própria inteligência e pelo seu muito saber, a responder perante o tribunal da civilização.
Nós temos o direito de perguntar-lhe:
          Senhor, que fizestes vós do povo brasileiro? "

          Patrocínio, mulato, filho de escrava, vindo da senzala, sentia-se o representante dos escravos brasileiros.
          Foi eleito com grande votação para exercer seu cargo na Câmara. No ano seguinte, 1887, deixava a Gazeta da Tarde, para fundar o jornal Cidade do Rio. A campanha popular pela abolição atingia o ápice. Multiplicam-se os comícios, os discursos, as manifestações de rua.

O Milagre da Abolição – 1888

          A Princesa Isabel, exercendo a Regência em razão da viagem de D.Pedro II à Europa, critica a repressão policial que o Gabinete Cotegipe destinava aos comícios abolicionistas. Cotegipe é forçado a demitir-se e a princesa coloca em seu lugar João Alfredo, a 07 de março de 1888.
          Ferreira Viana, nomeado ministro da Justiça, declara em nome do gabinete que o novo governo tem como única finalidade extinguir a escravidão.
          Todos aplaudem, levantam-se, aclamam. Em meio a ovação, Patrocínio, pálido, voz rouca, os olhos iluminados pelas lágrimas, brada: " Não peço a palavra, tomo a palavra ". E tinha esse direito.
          Sua voz era o grito de uma raça oprimida que, cansada de pedir a liberdade, via de repente os objetivos quase conquistados, a luta vencida, a liberdade próxima.
          No dia 13 de maio de 1888, no Paço da Cidade, sob uma chuva de rosas, D. Isabel, radiante de felicidade, curva-se sobre a mesa e assina o decreto de sua imortalidade e de sua deposição; com uma pena de ouro adquirida, por subscrição pública, cuja lista fora assinada por centenas de pessoas, entre as quais José do Patrocínio.
          Está extinta a escravidão no Brasil.
          Ouvindo os gritos e vivas da multidão, arrojou-se aos pés da princesa, transfigurado e agradecido, Patrocínio conclui dez anos de campanha:
          " Minh’alma, sobe de joelhos nestes paços".
          Quando Patrocínio chegou em casa, a claridade matutina começava a dissipar a escuridão da noite que caíra, densa, sobre aquele dia de milagre. E era outro Brasil que amanhecia.
          No dia 28 de setembro no aniversário da Lei do Ventre Livre, a princesa Isabel recebe, em grande solenidade, na Capela Imperial, a Rosa de Ouro que lhe fora enviada pelo Papa Leão XIII, como sinal de sua estima à libertadora dos escravos.

Chega a República – 1889

          Residindo temporariamente em Petrópolis, Patrocínio chega ao Rio na manhã de 15 de novembro, e relata:

"Fui ao Campo da Aclamação , reunir-me ao povo disposto a concorrer com a minha palavra e a minha vida em prol da revolução. Mas o Marechal Deodoro já havia penetrado no interior do Quartel-General.
          Cerca das três horas da tarde, começou, porém, a circular o boato de que a República não estava proclamada, visto como não havia precedido acordo para este fim e grande parte das forças haviam capitulado por mera solidariedade militar.
          Acho mais regular convidar o povo a acompanhar-nos à Câmara Municipal, para aí proclamar, solenemente, pacificamente, mas decisivamente, a República".

          Com isso, José do Patrocínio invocaria para si em artigo o título de "Proclamador Civil da República". Não lhe fora difícil o assalto à Câmara Municipal. Como vereador, a ela tinha livre acesso.

Desterrado no Amazonas

          Revoltou-se contra o governo férreo de Floriano Peixoto, que visava manter a ordem e a autoridade a qualquer custo. O jornal Cidade do Rio revive de repente.
          Patrocínio, redige um brilhante artigo intitulado "Mais Sangue", tomando firmemente o partido dos militares rebelados.
          Floriano responde decretando o estado de sítio e punindo os signatários do manifesto. José do Patrocínio, Olavo Bilac, Wandelkolk, Pardal Mallet, entre outros, são presos e enviados a Cucuí, às margens do rio Negro, região onde as febres eram terríveis, desoladoras, assoladas pela malária.
          Em 20 de julho de l897, ano da fundação da Academia Brasileira de Letras, José do Patrocínio inaugurou a cadeira número 21.

Um futuro de automotores

          O futuro dos transportes estava nos veículos automotores: terrestres e aéreos. Patrocínio sabia disso. Tanto que foi o precursor do automobilismo na capital brasileira.
          Importou de Paris o primeiro automóvel que transitou nas ruas do Rio de Janeiro, motivo de escandalosa atenção. Gente de guarda chuva debaixo do braço pára estarrecida, como se tivesse visto um bicho de Marte.
          Oito dias depois, o jornalista e alguns amigos arrebentam a máquina contra as árvores da Rua da Passagem.
          Quem poderia pensar na futura influência do automóvel, diante da máquina quebrada de Patrocínio?
          Ninguém, absolutamente ninguém!
          Um sonho desde o seu primeiro ano de acesso à Farmácia, foi a construção do aeróstato dirigível (o balão Santa Cruz), por várias vezes recuou da idéia, devido a turbulenta vida de jornalista. Em 12 de dezembro de 1901, uma tempestade devastou a cidade, as chuvas torrenciais com fortes ventos destruíram o hangar erguido em São Cristóvão, no qual estava sendo construído o dirigível Santa Cruz. Mudou-se para um galpão alugado para ganhar tempo.
Patrocínio tinha um sonho - enriquecer com seu balão voador, para criar um grande jornal, que colocaria a serviço da educação do povo brasileiro. Esse sonho estava bem vivo em 1903, quando foi chamado a discursar numa recepção oferecida a um brasileiro que chegava da França, onde também vinha tentando dominar a navegação aérea: Alberto Santos Dumont.

O canto do cisne

          Tuberculoso, com febre e os bacilos a minar-lhe o organismo, ainda viveria mais alguns meses, sustentado apenas pelos artigos mal remunerados e pelo sonho impossível do balão Santa Cruz.
          A 29 de janeiro de 1905, escreve o "Ave Rússia", saudando a luta dos democratas contra o czarismo. Esse seria o seu canto do cisne, o último artigo que escreveria até o fim.
          No dia seguinte, resolve preparar mais um artigo. Algo leve, que interessasse ao leitor diário. Escreve:

" Fala-se na organização definitiva de uma sociedade protetora dos animais. Eu tenho pelos animais um respeito egípcio. Penso que eles têm alma, ainda que rudimentar, e que eles têm conscientemente revoltas contra a injustiça humana. Já vi burro suspirar como um justo, depois de brutalmente espancado por um carroceiro que atulhara a carroça com carga para uma quadriga ( carroça para quatro cavalos ), e queria que o mísero animal a arrancasse do atoleir...."

          Não terminou a palavra, nem a frase, nem o artigo. Levantou-se e correu para o quarto onde estavam a esposa e o filho José. De pé, disse uma única palavra: " Sangue ". E morreu.
          Não acabou apenas o Santa Cruz, vendido aos ferros-velhos do Rio pela família, mas ainda a idéia da estátua àquele de quem Bilac dissera já ter, em vida, a imorredoura cor do bronze imorredouro.
          O Brasil teve nele um dos momentos mais fulgurantes de sua inteligência e da nobre coragem de lutar pelo ideal de liberdade.
          E aí, têm Patrocínio?

Jorge Cunha

Bibliografia:

  • A Vida Turbulenta de José do Patrocínio
    Autor – R. Magalhães Júnior – ocupou a cadeira nº 34 na ABL até 1981
    2ª edição LISA- Livros Irradiantes S/A
  • Grandes Personagens da Nossa História
    Volume III – Abril Cultural

Site da Academia Brasileira de Letras (www.academia.org.br)

 

SAMBA ENREDO                                                2001
Enredo     E aí, têm patrocínio? Temos : "José"
Compositores     Edyr Carvalho, Zé Pezão e Zé Carlos

Vem comigo conhecer
A história de um homem que nasceu pra vencer
Sofreu com preconceito racial
Muito jovem, viu na corte imperial
Os escravos que sofriam
Mas foi em frente e conquistou
Amizades verdadeiras
Na Gazeta de Notícias
O romancista se inspirou

Na abolição abraçou um ideal e deixou...
Uma lição
mas o milagre surgiu quando a princesa assinou
o final da escravidão

Aclamou nossa república
Foi no Amazonas exilado
Viu o futuro dos transportes
E Patrocínio ficou deslumbrado
Com uma coisa impossível
Era o sonho do balão
Depois do canto do cisne
Veio a dor de uma partida
Essa figura imortal
Sempre estará em nossas vidas

E aí, tem Patrocínio? Temos José.
Estácio, quanta sedução!
Esse grande brasileiro
Que mostrou ao mundo inteiro
O sonho da libertação