FICHA TÉCNICA 1993 |
Carnavalesco | Chico Spinoza |
Diretor de Carnaval | .............................................................. |
Diretor de Harmonia | ............................................................... |
Diretor de Evolução | ............................................................. |
Diretor de Bateria | ................................................................ |
Puxador de Samba Enredo | Dominguinhos do Estácio |
Primeiro Casal de M.S. e P. B. | ................................................................ |
Segundo Casal de M.S. e P. B. | ................................................................ |
Resp. Comissão de Frente | ................................................................ |
Resp. Ala das Baianas | ................................................................ |
Resp. Ala das Crianças | ................................................................ |
SINOPSE 1993 |
A dança da Lua Nosso enredo é dividido em 4 luas: Lua Nova Contam
os índios carajás que antes não havia nada. Nem água , nem os vegetais,
nem os animais. Só havia Kananciué, o Criador, o Ohoti-Bedu, ou Poderoso
Feiticeiro, quem não nasceu, sempre existiu. E não tinha corpo como
nós, era igual a um pensamento bom. Dominando os Sete Leões Alados,
Rei dos 7 dias da criação que encarnavam Poder.Kananciué deu asas ao
pensamento bom, e em sete dias, sobre a claridade da Lua Nova, criou
tudo o que existe, a água, as plantas, os animais, as árvores, os ventos
e todos os vegetais. Com o sopro da vida, Kananciué deu alento a tudo
que criou, formando Legiões de Kuni (almas), poderosas forças invisíveis
na natureza. E em noites de Lua Nova, as Kuni difíceis de serem controladas,
arranjaram um corpo e saem fazendo, estripulias por ai. Foi então que
os peixes-aruanã pediram que fossem transformados em outra espécie.
Assim progressivamente surgiram os Inã-Son-Wéra, os mais inteligentes
e alegres que habitam a Terra, os únicos seres humanos verdadeiros.
Só então a criação ficou completa. Contam que Kananciué revelou-se como
gente e foi morar juntos com os Inã na praia de Berohokã (Rio Araguaia),
que podem ser considerado o Paraíso, o Éden, a Terra Prometida de Cannaã,
o Shangrilah, o Nirvana. Lua Crescente Ele olhou para o céu e viu que a lua tinha "dançado" e que uma metade da superfície visível estava iluminada, era a Lua Crescente. Kananciué-Inã dirigiu-se, então, ao Reino da Pedras-Verdes, onde acontecia uma grande festa para a Mãe dos Muiraquitãs, que são talismãs de cor-azeitona, duro como o jade, representando figuras de sapos, garças, tartarugas e cobras.Surgiram então as harpias acorrentadas - soberbos gaviões-de-penacho com rosto de mulher - e Kananciué-Inà não teve dúvidas: ele estava na tribo das Amazonas, as Cunhã-Puiaras. Recebido pela rainha Cora, ele foi saudado por todos os seres encantados daquele reino, composto também por Icamiabas, Guaracis, Cancões, Sacis e a Mãe da mata. Por mais que procurasse caminho para clarear Ubroró, Kananciué-Inã não encontrou a luz plena. Por isso partiu. Tentou a ajuda dos Urisá-Ní (vagalumes), e os Caiporas, fez uma fogueira à lenha mas de nada adiantou. Ele pediu, então, a presença dos Feiticeiros do Fogo, mas eles lhe pregaram uma peça. Kananciué-Inã deixou-se seduzir por uma linda jovem Inã e lhe mandou, por delicados colibris, uma grinalda de flores coloridas. Eles se casaram mas, algum tempo depois, ele pediu licença para ficar só: tinha que acabar com a Ubroró. Perguntou a um bando de moscas varejeiras azuis porque o céu estava vazio, por que a Ubroró, e elas lhe responderam que os urubus os astros luminosos e o Urubu-Rei Feiticeiro aprisionara a Lua Cheia. Fingindo-se de morto apareceu um bando de urubus. Ele aprisionou um dos urubus e pediu-lhe que liberasse a luz que procurava. O urubu libertou as primeiras Tainás (estrelas), mas Kananciué-Inã achou pouca luz, queria outra maior. O urubu libertou então diversas constelações: a do Centauro, as Três Marias, a Cruzeiro do Sul, a Via Láctea , a Estrela Dalva, mas Kananciué-Inã queria mais. Finalmente chegou ao Urubu-Rei, arremesando-se sobre ele dizendo que ele nunca teria a Lua Cheia, que ela lhe pertencia. Lua Cheia Kananciué-Inã tornou, então cativo, o Urubu-Rei e começou
a lhe arrancar os cabelos dizendo:”Sei que existe outra luz da noite
e você vai entregá-la ou terminará careca e de pescoço pelado”. Foi
quando surgiu um clarão trazendo a assustada Aha-Du-Heká (Lua Cheia),
que corria em zigue-zague e poderia perde-se no infinito. Kananciué-Inã
libertou o Urubu-Rei e flechou a lua Cheia na perna e ela apanhou ritmo.
Banhou a Terra com sua fria luz prateada, tornando-a mais romântica
e impelindo os seres a se estreitarem no amor, como uma Grande-Mãe,
agora livre. Lua Negra Refere-se ao Fantástico. A noite perdeu a claridade. A Deusa
Lua foge e se faz “Negra”, vingativa e irritada. Esgotou-se a capacidade
humana de suportar os maus, a angústia, a pobreza, as prisões, o desamor
e todos os malefícios. O fogo do Céu desceu sobre a Terra como um grande
terremoto. As cidades se tornaram moradas de demônios. Surgiram os Tupi
Funks , Pagés Dark, Duendes, e Gnomos Pós-Guerra, drogas, ervas e alucinógenos,
alienação. Passado esse tempo surge o Inconsciente Livre, anistiados
das repressões. Chico Spinoza |
SAMBA ENREDO 1993 | |
Enredo | A dança da Lua |
Compositores | Wilsinho Paz e Luciano Primo |
Clareou, clareou, clareou (clareou) A dança já vai começar (obá, obá) Clareou, clareou, clareou A Estácio tem a Lua como par Ouvi contar, os índios Carajás Bota fogo na fogueira, pra clarear Dragão lunar me conceda, o prazer de contemplar |