FICHA TÉCNICA 2003

 

Carnavalesco     Gilson Carlos Sena
Diretor de Carnaval     ..............................................................
Diretor de Harmonia     ...............................................................
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     ................................................................
Puxador de Samba Enredo     ................................................................
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................

 

SINOPSE 2003

Um passeio pela Estação de Ramos encantado com a nobre Imperatriz, Delirando com o samba Leopoldinense... Um mergulho no piscinão

Introdução:

          O bairro de Ramos foi fundado no dia 23 de outubro de 1886, quando o então Capitão do Exército Brasileiro Luiz José Fonseca Ramos doou parte de suas terras ao Governo Imperial para que se fizesse a implantação dos trilhos, para abrir a passagem da Estrada de Ferro, a seguir entregue por este governo à administração da " Estrada de Ferro do Norte" que operava naquela região desde o ano de 1862, fazendo a linha Rio - Raiz da Serra. Havia também nesta época a Estrada de Ferro Rio D'ouro, que   era   usada   essencialmente para o transporte de cargas.
          Com esta doação de Fonseca Ramos, foi criada a Parada de Ramos, que no ano de 1911 se tornaria a nossa atual Estação de Ramos. No ano de 1898 uma pequena ferrovia do estado de Minas Gerais, chamada de Estrada de Ferro Leopoldina comprou as Estradas de Ferro do Norte e   Rio D'ouro, as fundindo, passando operar somente como Estrada de Ferro   Leopoldina.   A   Estrada de Ferro Leopoldina passou por várias crises financeiras e em decorrência disso, foi vendida para um grupo de empresários ingleses, que a rebatizaram com o nome de "The Leopoldina Railw Company".
          A The Leopoldina Railw Company explorava unhas ligando os estados de Minas Cera is, Rio de Janeiro e Espírito Santo e no ano de 1949 o governo federa! incorporou todas as ferrovias do nosso país a Rede Ferroviária Federal, decretando o final das Ferrovias particulares, inclusive a The Leopoidina Railw Company.
          O tradicional bairro de Ramos está registrado na planta do antigo Distrito Federal, ano de 1900, como pertencente ao "Território   Leopoldinense de Bonsucesso", que era composto além do bairro de Bonsucesso, pêlos bairros da Penha, Ramos e Olaria e esta área era de propriedade de ilustres Portugueses como João Gualberto Nabor do Rego, o "Noca, dono do maior arrozal do território de Bonsucesso, o Barão de Monte Castelo, o Visconde de Moraes e de três irmãos portugueses açorianos chamados de José, João e Luiz Pacheco Drumond.
          Predominava neste território a agricultura e a criação de gado e os grandes engenhos de açúcar, que eram abundantes na região naquela época.
          Na sua criação a maior parte de ramos achava-se dentro da Fazenda Nossa Senhora de Bonsucesso e da Fazenda Engenho da Pedra.
          No ano de 1927 Ramos ganhou a sua linha de bondes, que ligava o bairro ao Largo de São Francisco. Nos carnavais estes bondes eram sempre enfeitados e chamados de "carnaval de bonde".
          O carnaval de bonde se caracterizava pelo seguinte: o bonde era previamente enfeitado de acordo com um enredo escolhido, e era seguido pelo povo, acompanhado por uma banda de música.
          Geralmente o carnaval de bonde se misturava aos blocos de rua já existentes naquela época.
          O carnaval do bairro começou com o "Ramos Clube" no ano de 1914 à partir da instalação da iluminação elétrica nas ruas, no ano de 1912.
          Houveram vários blocos de rua no bairro, como o "Promptos de Ramos, Tira o Olho, Grêmio Recreativo de Ramos, Bloco da Coroa, Parasitas de Ramos e Endiabrados de Ramos. Tinham também Sociedades Carnavalescas como "Tira o Dedo e a Ameno Heliotrópio".
          Na década de 30 foi fundado em Ramos o Bloco Carnavalesco Recreio de Ramos, que tinha como componentes pessoas ilustres como o compositor Armando Vieira Marçal e o nosso famoso maestro Heitor Villa Lobos, que veio a se casar com uma de suas alunas, moradora
em Ramos. Anos mais tarde, no dia 06 de março de 1956, pela iniciativa de Amaury Jório, Iran de Araújo e Oswaldo Gomes Pereira, com os dissidentes do Recreio de Ramos, fundaram o Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, com a sua sede na Rua Professor Lace n. 235 em Ramos.
          
O primeiro presidente da agremiação foi o Sr Oswaldo Gomes Pereira e suas cores são o verde e o branco. Seu nome homenageia os bairros da Zona Leopoldinense. A sua bandeira tem uma coroa Imperial contendo treze estrelas que representam todos os bairros leopoidinenses. A Imperatriz é autora de belos carnavais e campeã de muitos. E um celeiro de excelentes carnavalescos como o já falecido Arlindo Rodrigues, com o carnaval campeão no ano de 1981, com o enredo "O teu cabelo não nega". A obra imortal do nosso carnavalesco Max Lopes, campeão no ano de 1989, com o enredo" Liberdade, liberdade abre as asas sobre nós" e a tão atual e criativa carnavalesca Rosa Magalhães, que deu a Imperatriz o título de campeã no ano de 1994 e tri campeonato nos anos de 1999, 2000 e 2001.
          
Vale registrar a beleza e a competência do casal que representam o mestre sala e a porta bandeira da Escola, Chiquinho e a sua mãe Maria Helena, constante nota 10 em todos desfiles da agremiação.
          
A Imperatriz desfila com a grande comunidade leopoldinense e conta com muitos seguidores fiéis, como o cantor Elimar Santos. Já passaram pela Imperatriz vários presidentes ilustres, como Luiz Pacheco Drumond, sendo o mesmo atualmente o Presidente de honra da Escola.
          O Social Ramos Clube, tradicional clube do bairro foi fundado rio ano de 1945. Reduto de grandes sambistas, o Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos foi fundado em 20 de janeiro de 1961, pêlos irmãos Bira e Birani, com a sua sede na Rua Uranos número 1326, sendo a sua madrinha a cantora Beth Carvalho e sempre foi considerado um dos maiores blocos de embalo do Rio de Janeiro por onde já passaram grandes sambistas como Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Jovelina Pérola Negra, Sombrinha e muitos outros artistas que por ali começaram as suas carreiras.
          Uma das principais características que marcaram os desfiles do Cacique de Ramos era a grande rivalidade com o também tão famoso e tradicional Bloco de Embalo Bafo da Onça. Sempre que o Cacique e Bafo se encontravam nas passarelas, a confusão era gerai e a pancadaria era certa.
          
Tornou-se uma briga tradicional e inevitável, mas essa rivalidade nunca tirou a popularidade e nem a empolgação dessas duas agremiações, pelo contrário, ficaram mais famosas.
          
O Cacique de Ramos mantém a sua tradição e a sua popularidade, mostrando ao povo carioca que em Ramos o samba é de primeira.
          
O bairro de Ramos tem como padroeira Nossa Senhora da Conceição e tem como símbolo uma andorinha.
          
A praia de Ramos já foi no passado um lindo balneário e atração para turistas, que apresentava nos carnavais banhos à fantasia e desfiles de blocos. A Praia de Ramos veio a se poluir com o grande progresso desordenado da nossa cidade e passado os anos aos poucos se transformou em uma grande favela sobre pala fitas, que o povo batizou de favela Maria Angu e que anos mais tarde seria removida pelo governo estadual e todos os seus moradores transferidos para outras áreas da nossa cidade.
          
O bairro de Ramos e especialmente a sua praia tem como um de seus representantes naturais e um grande defensor, o cantor Carlos Roberto Oliveira, o popular "Dicró", que em várias músicas de sua autoria, sempre cita o bairro e a praia de Ramos.
          
O bairro de Ramos foi separado de sua praia em 1946, com a construção da nossa Avenida Brasil e no ano de 2001, devido aos apelos do povo e o alto grau de poluição da praia e de toda nossa Baía de Guanabara, o governo do Estado construiu então, o Pisem ao de Ramos, para o deleite do nosso povão, sendo freqüentado por muitos artistas, se tornando alvo da mídia em todo Brasil atualmente.
          
E como se diz na novela dá televisão: "No piscinão cada mergulho é um flash..."
          
Quando o bairro de Ramos completou 80 anos Pixinguinha e Alberto Lima, ilustres moradores do bairro, compuseram o hino de Ramos, em unia linda homenagem musical. Como foi verificado a origem dos bairros da Leopoldina deu-se peia passagem neles da Ferrovia Leopoldina, oriunda da cidade do mesmo nome, no Estado de Minas Gerais,batizada com esse nome em homenagem a Imperatriz Leopoldina, figura simpática e extravagante da nossa história, no período do governo imperial no Brasil.

Nota:

          A criação dos bairros da Zona Leopoldinense se deram unicamente pela vinda da Estrada de Ferro Leopoldina para aquela região e não fundados pela nossa famosa Imperatriz Leopoldina, ou qualquer membro da família imperial, como muitas pessoas erradamente pensam...

Sinopse:

          Nesta viagem delirante de trem da nossa Escola, saindo da Zona Oeste para a Zona Leopoldinense, com destino à Estação de Ramos, demos asas aos nossos pensamentos e vislumbramos a altivez e as extravagâncias da nossa Imperatriz Leopoldina, nos tempos do Brasil Imperial, bem como as Estradas de Ferro do Norte e a Ferrovia Leopoldina, que ostentava este nome em homenagem a nossa Imperatriz Leopoldina, pois estas ferrovias além de serem fundamentais para criação do bairro de Ramos, trouxeram o progresso para toda região Leopoldinense, pelo transporte do cultivo da agricultura, da criação de gado e da produção de açúcar de seus engenhos.
          Vimos ainda, nobres portugueses, doando parte das suas terras, para o desenvolvimento do bairro, que tem como padroeira Nossa Senhora da Conceição. Pudemos observar o alvoroço do povo, nos bondes do bairro, rumo ao Largo de São Francisco, os grandes carnavais neles, quando todos os bondes eram enfeitados.
          Revimos a criação do Bloco Carnavalesco
          Recreio de Ramos na década de 30, bem como a fundação do Social Ramos Clube, tradicional no bairro, com seus animados carnavais de salão. Já no nosso destino, caímos no samba com o Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, um reduto tradicional de grandes sambistas cariocas, onde encontramos Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Beth Carvalho, Almir Guineto, Sombrinha, Jovelina Pérola Negra e outros importantes artistas. Observamos a grande rivalidade do Cacique de Ramos com o Bafo da Onça e as grandes confusões causadas peias brisas entre eles nos carnavais de rua.
          O momento mais prazeroso desta tão emocionante viagem foi quando chegamos na quadra da Imperatriz Leopoldinense, onde revimos grandes carnavais, de excepcionais carnavalescos. O nosso saudoso carnavalesco Arlindo Rodrigues campeão no desfile do com o enredo “O teu cabelo não nega”.
          O carnavalesco Max Lopes em 1989, como enredo “Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós", que nunca vai sair da memória o povo. Ficamos deslembrados com as obras atuais e tão criativas da carnavalesca Rosa Magalhães, campeã em 1994 e tri campeã nos anos de 1999, 2000 e 2001.
          
Observamos a leveza na dança de Chiquinho e soa mãe Maria Helena, na condução daquele pavilhão da escola, sempre fiéis a agremiação e há tantos anos nota dez na passarela do samba.
          
Depois de tanto sambar na Imperatriz, encerramos a nossa viagem, convidando a todo povão, para que, com a Delírio da Zona Oeste, dar um mergulho bem refrescante no Piscinão de Ramos, um loca! Onde, pela grande freqüência de muitos artistas e muitas pessoas famosas, na televisão diz-se: "No piscinão de Ramos cada mergulho é um flash...”

Gilson Carlos Sena e Fábio Ancillotti

 

SAMBA ENREDO                                                2003
Enredo     Um passeio pela Estação de Ramos encantado com a nobre Imperatriz, Delirando com o samba Leopoldinense... Um mergulho no piscinão
Compositores     Gustavo, Rodrigo Chocolate, Marcos Telemar e Testa de Cavalo

Hoje, vou historiar em versos
Com toda minha euforia
Contando este tema tão marcante
Da Zona Oeste a Leopoldina
Fêz história no Brasil Imperial
Nobres portugueses
Contribuiram para a grande expansão
Hoje o bairro de Ramos é alegria e tradição
E assim, é bom recordar os antigos carnavais
São vários blocos
Alguns hoje mais tradicionais
Cacique de Ramos, Bafo da Onça
Eram grandes rivais
Que os cariocas não esquecerão jamais

Meu pavilhão é verde e branco, esperança e paz
Imperatriz Leopoldinense e seus grandes carnavais

Viajamos pelo infinito
Expressamos nossas emoções
Nessa passarela triunfal
Piscinão de Ramos todo dia é carnaval

Cada mergulho é um flahs, ê,ê,ê,ê
Delírio vai sacudir, estremecer
Nesse mundo fascinante
Você não vai querer perder