Delirando... A mata encantada desbravei
Lendas... Mistérios... Magias...
Num sonho colorido desvendei
Vi o olhar da lua cheia marejar...
Derramando um rio de amor
O elo de um romance se rompe... Nasce a dor
E faz brotar a mais formosa flor
As guerreiras amazonas...
Guardam o segredo do muiraquitã
O boto acende a luz da paixão...
Com seu poder de sedução
Chuê... Chuá...
É o balanço das águas em oração
Olha Iara no remanso...
Arrastando um coração
Como se fosse um poema...
Me perdi numa vereda de ilusão
Nos braços de Jurupari...
Vi Curupira dando força e proteção
Ouvi silente o canto do uirapuru...
A ecoar na floresta
Matinta Pereira... Onde está você?
E o travesso Saci Pererê?
Hoje a deusa Amazônia é inspiração
Emoldura o retrato da minha canção
E a Zona Oeste... Revela a beleza
Mostra o tesouro da mãe natureza
|