FICHA TÉCNICA 1992

 

Carnavalesco     Alexandre Louzada e Washington Luiz
Diretor de Carnaval     ..............................................................
Diretor de Harmonia     ...............................................................
Diretor de Evolução     .............................................................
Diretor de Bateria     ................................................................
Puxador de Samba Enredo     Carlinhos de Pilares
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Resp. Ala das Crianças     ................................................................

 

SINOPSE 1992

Brasil feito à mão... do barro ao carnaval

          A escola louva todos aqueles que fazem uma arte simples, sem instrumentos, com as próprias mãos. E leva para a Sapucaí o universo de um povo esquecido, uma arte elementar e ancestral, que assume, às vezes, no seu despojamento, as dimensões de uma estética das mais apuradas. E o artesanato de grandes artistas brasileiros.
          Esses artistas anônimos procuram, como Deus, dar vida ao barro e o modelam em formas e cores inspiradas no pequeno mundo de sua vivência cotidiana. São os deuses ceramistas, de Marajó a Minas, dos Aruãs aos Carajás, de Caruaru ao Jequitinhonha. Vitalino, mestre pernambucano, mostrou para o mundo o Brasil feito à mão. De barro.
          A simplicidade da palha. Mãos que vão trançando na palha suas emoções. A planta se transformando em arte. E quem faz um cesto faz um cento.
          Mãos transformando a madeira, dando vida à natureza já morta. Entalhes, formas e movimentos. O homem retratando a vida e seus delírios. E o pau que nasce torto, pelas mãos ganha forma e estética. E ainda mãos trabalhando a pedra. Esculturas surgindo.
          Ouro, lata, ferro, prata. Negras mãos que forjaram fé e tradição. Mãos nos atabaques chamando seus santos. O machado de Xangô, a espada de Ogum, o espelho de Oxum.
          E mãos tecendo rendas, bilros na mão. Arte branca e casta, arte de namorar. Mãos de tecelã. Tapeçaria, mosaico da vida E o couro sendo transformado em vestes, calçando os pés, vestindo o peão. Pampas, cerrado, sertão.
          O Brasil é uma grande feira colorida de arte. O carnaval, grande festa feita por mãos. De artesão, de folião. Mãos de Maria, de João, de todo mundo. O aplauso é feito por mãos.

Alexandre Louzada e Washington Luiz

 

SAMBA ENREDO                                                1992
Enredo     Brasil feito à mão... do barro ao carnaval
Compositores     Jorge Barbudo, Heloir e Zé Carlos da Saara
Vem de Marajó
Dos Aruãs, dos Carajás, de mãos mineiras
Do barro vem o pão
Vida, formas... criação
(Tá no chão, procura aí...)
Tá no chão, tá por aí...
E vem brilhar nesta avenida

Sou caprichoso, amor
Levando a arte, eu vou
Pra feira da ilusão da vida

Tranço a palha do mato
O que vier eu traço
Deste chão
Talho, corto, arremato
Rendo, bordo e dou laço
Na solidão...
Vem ver, vem ver, vem ver, vem ver, oi
A fonte desta inspiração
Sonhar, oi sonhar
Que a fé vai conduzindo nossas mãos
De Vitalino, Aleijadinho,a lição!

Das pedras brotam poesias
Da madeira, carrancas... sedução!

(E assim...)

Assim, vai, vai, vai, vai, Brasil
Vem Brasil
De cada barracão
Um colorido de alegria
E o carnaval
Todo feito à mão
Todo feito à mão

Que batuque gostoso
Um axé bem formoso
Salve a Bahia!
Ouro e prata adornando
Couro e lata marcando
Esta magia