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FICHA TÉCNICA 1994 |
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Carnavalesco | Milton Cunha |
Diretor de Carnaval | Ramilton Farias Fernandes |
Diretor de Harmonia | César Roberto |
Diretor de Evolução | César Roberto |
Diretor de Bateria | Mestre Odilon Costa |
Puxador de Samba Enredo | Neguinho da Beija-Flor |
Primeiro Casal de M.S. e P. B. | Edmar Araújo e Juju Maravilha |
Segundo Casal de M.S. e P. B. | Eduardo Belo e Sônia Freire |
Resp. Comissão de Frente | Carlos Muvuca |
Resp. Ala das Baianas | Helio Borges |
Resp. Ala das Crianças | Aroldo Carlos da Silva |
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SINOPSE 1994 |
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Margareth Mee, a Dama das Bromélias Sinopse do Enredo: Prezados Senhores, Prólogo:
Cena um: 1909 – Nasce nos arredores de Londres a maior das Amazonas do século XX: Margaret Mee, a mais brasileira das inglesas, a nossa “Dama das Bromélias”. Jorra neste momento, com a força da natureza, o sangue da mulher guerreira que não se conforma em ser apenas o sexo frágil: precisa marcar presença na história moderna, desafiar a seiva da vida e unir definitivamente as noções de delicadeza e bravura, fragilidade e determinação. A mata virgem celebra o nascimento da Rainha da Primavera Brasileira. Cenário um: "Um coração inglês que pulsa pelo Brasil" Cena dois: As Belas Artes Clássicas preparam Margaret para a sua Missão! Ao atravessar
o Atlântico em 1952, a dama cumpre o seu destino de ser a maior ilustradora
botânica, de todos os tempos, sobre as raridades da Hiléia Amazônica.
Ela está “substituindo” a Europa pela selva, o ar refrigerado pelo
clima Equatorial, os automóveis pelo barco a remo. Ela vai singrar
os igarapés brasileiros. Encantada com as cores maravilhosas da flora
brasileira, Margaret se especializa em Bromeliáceas. O Brasil possui
mais de 650 espécies, sendo um grande jardim de Bromélias. Cenário dois: "Voando para o Brasil" Cena três: Encantada com as flores maravilhosas
da flora brasileira, Margaret se especializa em Bromeliáceas. O Brasil
possui mais de 650 espécies, sendo um grande jardim de bromélias. Cenário três: “Flora da Mata Atlântica” Cena quatro: Os trinta anos de Margaret Mee desbravando pontos desconhecidos da
maior floresta tropical do mundo e desafiando as probabilidades de
sobrevivência sobre o espelho do maior rio do mundo em volume d'água.
A Epopéia de uma dama na selva! A saga de uma inglesa seduzida por
quinze regiões marcadas como pontos no grande mapa da bacia amazônica,
que guardavam segredos que só a ela seriam revelados. Seu êxtase diante
das águas barrentas do Rio Solimões que “beijam” as águas escuras
do Rio Negro, o eleito por Margaret Mee como o mais amado. Nosso êxtase
diante das emoções brasileiras que “beijam” e reconhecem o valor do
trabalho de Margaret Mee, a eleita da Beija-Flor como a mais amada
ecóloga do campo. O encontro das águas é um cortejo eterno, um amor
imensurável em pleno coração amazônico, e é uma das mais lindas atrações
turísticas de Manaus. É perfeita simbologia do Velho/Novo Mundo, a
Europa e as Américas, que a relação Dama clássica inglesa/natureza
primitiva brasileira nos remete. Cenário quatro: “Epopéia Amazônica” Cena cinco: O ponto culminante em altitude no Brasil foi um dos degraus para a
escalada sem limites da dama das bromélias. Ela, movida por uma loucura
sã, torna-se a primeira mulher a escalar, pelo lado brasileiro, esta
montanha, aos 60 anos de idade. Sua vontade de registrar nossas belezas
desconhecidas não se curvava diante do desconhecido. Cenário cinco: “O Pico da Neblina” Cena seis: Os índios, seus grandes amigos! Eles permitiram e auxiliaram em suas conquistas. Hospedaram, alimentaram e a trataram como uma “Igual”, em resposta ao respeito que ela os devotava! “Se você cortar os meus cabelos, quando eu retornar para a minha tribo, meu homem não vai mais me querer ...” Desta forma, ela escapou da ameaça de morte quando não permitiu que um pajé cortasse seus longos cabelos louros. Margaret Mee amava os três ícones da Sociedade Tribal Indígena: a Saúde, a Maternidade Mee e o Trabalho. Cenário seis: “Arte e Cultura Indígena da Amazônia” Cena sete: Nos anos 70, quando em nome do “Milagre Brasileiro” o Governo e empresas privadas pilhavam a Amazônia, através da abertura de estradas que levavam não se sabe para onde, para lugar nenhum e destruíam o solo com projetos de mineração sem um correto planejamento, Margaret desencandeou violenta luta contra, denunciando na imprensa a devastação da floresta. Queimadas, moto-serra e garimpo transformaram-se em cruz neste calvário ecológico. Margaret estava convicta de que registrava os últimos momentos do esplendor Amazônico. Muitas espécies de vegetais, hoje extintas, só foram catalogadas através do esforço de Margaret em mostrar às gerações o que o Brasil possui. Profética, 20 anos antes da Rio Eco 92, ela chamava a atenção do mundo para as belezas e a necessidade de preservação da Amazônia. Cenário sete: “Devastação” Cena oito: A dama “Civilizada” contraiu malária e hepatite, banhou-se em rios perigosos, visitou tribos indígenas canibais, dormiu a céu aberto em redes atadas entre as árvores da floresta, ensopada por chuvas constantes. E não morreu dos males da selva! Por quê? Ela era uma protegida da Mãe D´água, do Curupira, da Cobra Grande, das Vitórias Régias. Ela combateu o Jurupari, ouviu o canto mágico do Uirapuru. Seu talismã era a pedra verde “Muiraquitã das Icamiabas”. Ela era uma Amazona, e uma Amazona não morre dos males da selva. Cenário oito: “Lendas e Mitos da Amazônia” Cena nove: Cada guerreira tem seu troféu. Cada fêmea busca realização na sua selva particular. Margaret buscava incessantemente sua pintura mais rara, mais dramática, e que seria a realização de toda a sua vida: a Flor do Cactus da Lua. Retratar a floração raríssima de um Cactus da floresta alagada, na denominação ribeirinha da Amazônia, igapó, que exploradores do século passado descreveram em seus diários. Sob a lua da primavera, nem sempre todos os anos, e apenas doze horas a cada ciclo de 365 dias, a flor do cactus da lua explode para a vida, exalando um doce e inebriante perfume. Ela, e só ela, poderia tanto ... Cenário nove: “A Flor do Cactus da Lua” Cena dez: O Império Britânico e a Comunidade Científica Internacional reconhecem a qualidade e a importância do trabalho da Dama das Bromélias. A maior ecologista de campo, neste século, na Amazônia, a dama que se confunde com a própria Natureza, que lançou 3 livros: “Flores do Amazonas” (In Folio), "Bromélias Brasileiras" e o póstumo "Em Busca das Flores da Floresta Amazônica" (O Diário da Selva), que descobriu oito plantas novas que levam seu nome; que fez dezesseis exposições internacionais; que recebeu do então presidente Ernesto Geisel a Ordem do Cruzeiro do Sul; que recebeu da Rainha da Inglaterra a Ordem do Mérito do Império Britânico, que foi casada com Greville Mee por cinqüenta anos; a Amazona que morreu de um acidente de carro em Londres (pois as pessoas da mata só morrem na cidade), deixando esta realidade no auge do seu poder criativo e generosidade artística. A Flor em pessoa hoje habita o topo de uma secular e gigantesca árvore amazônica, que é o seu trono, ocupando assim seu lugar definitivo na floresta: É a Rainha da Primavera Brasileira, que paira sobre a nossa Natureza como a mãe protetora. Um lugar que sempre foi seu e que ela amou e conheceu como poucos brasileiros. Cenário dez: "O Carrossel Beija-Flor e a rainha da Primavera Brasileira" Epílogo: Uma gringa que dá samba! E que recebe a gratidão de todos
que amam o Brasil e suas belezas, através da Beija-Flor na Sapucaí
em 94. Ela merece, afinal. Dedicatória: Dedico este enredo ao meu patrono Anísio, que torna realidade meu sonho de trabalhar com a Beija-Flor. Milton Cunha ![]() Roteiro do Desfile: Alegoria 1 – “Um
coração inglês pulsa pelo Brasil"
Alegoria 02 – “Voando para
o Brasil”
Alegoria 3 – “A Mata
Atlântica”
Alegoria 4 – “Epopéia
Amazônica”
Alegoria 5 – “Pico da
Neblina”
Alegoria 6 – “Arte e
Cultura Indígena da Amazônia”
Alegoria 7 – “Devastação”
Alegoria 8 – “Lendas e
Mitos da Amazônia”
Alegoria 9 – “A Flor do
Cactos da Lua”
Alegoria 10 – “Carrossel
Beija-Flor”
Setor Móvel: |
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SAMBA ENREDO 1994 | |
Enredo | Margareth Mee, a dama das bromélias |
Compositores | Arnaldo Matheus, J. Santos e Almir Moreira |
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Desperta a alma brasileira Bate forte o coração bretão (bretão) Que faz a festa na Sapucaí A Beija-flor de Margareth Mee Que sedução! Se enrosca nos meus braços Se encantou com Uirapuru E da primavera hoje com amor |