FICHA TÉCNICA 2009

 

Carnavalesco     Marco Antônio, Rodrigo Sampaio e Flávio Campello
Diretor de Carnaval     Marcus Almeida
Diretor de Harmonia     Rodrigo Beltrão
Diretor de Evolução     Rodrigo Beltrão
Diretor de Bateria     Mestre Tabaco
Puxador de Samba Enredo     Edmilton de Bem
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Wanderson Sodré e Mônica Menezes
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Rodrigo e Ana Paula
Terceiro Casal de M.S. e P. B.     Geziclayton e Gezicléia
Resp. Comissão de Frente     Diogo de Souza (Diogo Conexão)
Resp. Ala das Baianas     Dona Marta
Resp. Ala das Crianças     Kátia
Resp. Galeria de Velha Guarda     Dona Ayla

 

SINOPSE 2009

Heitor dos Prazeres, carioca da gema, sambista de coração

Introdução:

"O Rio é um prazer e de prazeres vive o Rio..."

          Abre-se o “Céu do Carnaval”, onde fulguram estrelas de brilho sem igual, e dentre elas reluz Heitor dos Prazeres iluminando com sua arte a cidade, proporcionando à passarela o clarão de um reinado, onde desfilam sonhos coroados de arlequins, colombinas e pierrôs apaixonados...

          Em 2009 o G.R.E.S. Alegria da Zona Sul homenageará Heitor dos Prazeres, um carioca que tem sua história pautada na música, na arte e na boemia. Heitor foi amor e emoção. Um artista autodidata que lutou pela cultura popular brasileira. Desbravou caminhos, valorizou o negro e conseguiu sobressair-se em um período difícil para uma raça recém liberta, destacando-se como músico, compositor, cantor, poeta, artista plástico, dançarino, estampador, coreógrafo, figurinista e estilista.
          Transbordantes de Alegria fazemos esta homenagem mais do que justa a este artista plural da história e da Cultura Brasileira, principalmente do Carnaval carioca, hoje patrimônio cultural desse nosso Brasil  e convidamos os amantes da música e das artes plásticas a aplaudir o legado deixado por este artista imortal.
          Eternamente Heitor dos Prazeres! Um legítimo carioca da gema, um verdadeiro artista de corpo e alma!

Sinopse:

Prazeres do samba e do carnaval

          Carioca da gema, nasci Heitor dos Prazeres na Cidade Nova, nos arredores da Praça Onze, berço do samba, de bambas e das famosas tias baianas, filho de uma costureira e de um marceneiro músico da Banda da Guarda Nacional. Fui apelidado carinhosamente Lino por minhas irmãs. Cresci ao som dos acordes musicais que inspiraram o desejo de tornar-me compositor e poeta. Comecei a trabalhar aos sete anos, mesma época do falecimento de meu pai. Na minha infância humilde fiz de tudo um pouco: fui engraxate, marceneiro, polidor de madeira, sapateiro, alfaiate, tipógrafo, jornaleiro além de exímio capoeirista.
          
Das mãos de Hilário Jovino, meu querido tio Lalu de Ouro, um dos maiorais do samba da época, recebi meu primeiro cavaquinho. Já tocava clarinete, mas o cavaquinho fez aumentar meu amor pela música e pelo samba. A paixão foi tanta que criei um método próprio para aprendizado do instrumento.
          Jovem já freqüentava as festas e os batuques na casa de tia Ciata e de outras tias baianas onde conheci Pixinguinha, China, Caninha, Sinhô, Amor, Satur, Paulo Benjamim de Oliveira e Donga. Por estar sempre em companhia dos bambas do Estácio, a saber: Ismael Silva, Alcebíades Barcelos (Bidê), Caninha, Marçal e João da Baiana, passei a ser conhecido como Mano Heitor do Estácio.
Fui um devoto cultor das tradições e das danças Afro-brasileiras. Fui Ogam, compus inúmeros pontos de Umbanda e Candomblé. Seguidor dos santos, jamais neguei minha fé em Xangô e Oxum, meus orixás, e o culto aos Pretos-Velhos.
          Eu costumava sair fantasiado de baiana, levando no ombro o pano-da-costa em cores vivas, arrastando foliões segurando as extremidades do pano como uma bandeira. Aproveitei, então, a figura do Mestre-Sala e Porta-Bandeira já existentes nos Ranchos e criei a bandeira para esse casal se apresentar. Tal idéia foi logo adotada por todas as agremiações, transformando esse casal na figura central dos atuais desfiles de Escolas de Samba.
          A Igreja da Nossa Senhora da Penha, na zona da Leopoldina, era o palco de uma das maiores festas populares do Rio de Janeiro, onde eram apresentadas diversas músicas que posteriormente o povo levaria para o Carnaval, principalmente para os grandes bailes da época. Em um desses eventos fui surpreendido quando ouvi uma música de minha autoria “Cassino Maxixe”, gravada por Francisco Alves, tendo sua autoria sendo atribuída a Sinhô. Fiquei chateado e fui reivindicar minha parceria na música. Sinhô meio desconcertado desculpou-se com aquela célebre frase do mundo do samba: “Samba é como Passarinho, a gente pega no ar”. Não deixei barato! Resolvi, então, usar meu lado irreverente e fazer um samba de alerta aos companheiros compositores: “Olha ele, cuidado, cuidado”. Estava vingado! Como resposta Sinhô compôs o seguinte samba: “Segura o Boi”. Como naquela época Sinhô era chamado “Rei do Samba”, compus a música “Rei dos Meus Sambas” que Sinhô tentou sem sucesso impedir que fosse gravado e distribuído.
          Fui o autor de mais de 200 composições de grande sucesso, parte delas retratando o cotidiano das pessoas simples, as paixões mal-sucedidas, além de canções bem-humoradas falando da boemia. Entre tantas poderia destacar: “Quem nos faz é o Capricho”, vencedora do primeiro concurso de sambas de 1929 – 1930, “Gosto que me Enrosco”. “Deixaste meu Lar”, “Estás farto de minha vida”, “Deixa a Malandragem se és capaz”, “Canção do Jornaleiro”, “Lá em Mangueira” (1943), “Consideração”, “Carioca Boêmio”, “Quebra Morena”, Mulher de Malandro”, “A Coisa Melhorou”, “Ora vejam Só”, “Cocorocó”, “Limoeiro”.
          Desde jovem, sempre gostei de me trajar elegantemente, o que me transformou no primeiro negro eleito entre os mais elegantes do Brasil.

Prazeres da boemia carioca - Era do rádio e o cassino da Urca

          O tempo passou e passei a ser considerado um bamba no meio de bambas. Tinha acesso aos terreiros, à burguesia e ao batuque. Freqüentava o morro e o subúrbio. Entre os jovens universitários, Noel Rosa, um estudante de medicina e sensível compositor aspirante a boêmio, foi me procurar para ajudá-lo a dar um corretivo num tal marinheiro grande e forte que freqüentava o pedaço, já que eu detinha fama de brigão e exímio capoeira. O futuro “Poeta da Vila” queria garantir sua moral, já que o tal marinheiro havia cortejado sua namorada. Não perdi tempo e, com disposição para a briga que me era bem peculiar, parti para o bar onde o marinheiro bebia despreocupado. Não demorou até que a minha fama chegasse aos ouvidos do marinheiro que logo se deu conta do que poderia lhe acontecer. O conquistador dirigiu-se a mim e pediu desculpas, demonstrando certa inteligência. Não perdi tempo e externei a seguinte frase ao marinheiro: “Vai ancorar em outra praia”...
          Após esse nostálgico episódio Noel me acompanhou até meu ateliê. No caminho cantarolei a marcha que estava compondo. Noel sugeriu que eu mudasse a terceira estrofe da letra. Sugestão acatada e parceria formada. Nasce a canção “Pierrô Apaixonado”, que até os dias de hoje é um marco nos bailes de carnaval.
          Meus primeiros contatos com o Rádio ocorreu nas Rádios Educadora e Phillips, como cantor e cavaquinista. Esse meio de comunicação crescia vertiginosamente e se tornava um grande objeto de desejo das famílias brasileiras. Surgiu assim a nostálgica “Era do Rádio” que marcou época e revelou grandes nomes da música nacional. No ano de 1939, surgiu no Rio de Janeiro a Rádio Nacional e as Rainhas do Rádio representadas pelas talentosas Emilinha Borba, Marlene, Dircinha Batista, Dalva de Oliveira, entre outras.
          O samba, sambistas, as marchas e até as transmissões de bailes carnavalescos ganharam notoriedade na Rádio Nacional. A ocupação dos seus microfones foi motivo de orgulho. Quando “Heitor e Sua Gente” (grupo que me acompanhava) pisava nos palcos dos programas como o de César de Alencar ou de Manoel Barcelos, difícil era segurar o auditório nas concorridas poltronas diante do som melodioso do meu cavaquinho, do ritmo contagiante das percussões e das vozes afinadas das minhas queridas pastoras.
          Também fiz parte do seleto elenco do Cassino da Urca, onde tocava, cantava e dançava em companhia de Grande Otelo e Josephine Backer, daí vindo a conhecer o cineasta Orson Welles, que me contratou como arregimentador de figurantes para o filme “O samba e o carnaval” que tinha como tema a cultura Afro-brasileira. Foi nessa época que me tornei o primeiro empresário de artistas.
          Participei em São Paulo do programa “Carnaval do Povo” nas rádios Cruzeiro do Sul e Cosmo com mais de 100 artistas, entre os quais: Paulo da Portela, Cartola, Carmem Costa, Dalva de Oliveira, Araci de Almeida, Francisco Alves, Carlos Galhardo, Bidê, Marçal, Henricão, Herivelto Martins e Nilo Chagas. Recebidos pelo então locutor e baliza Adoniran Barbosa. Esse grande evento da cultura brasileira foi realizado em praça pública e marcou a entrada do samba na “Terra da Garoa”.

Prazeres da arte

          Casei-se a primeira vez com Dona Glória, com quem tive três filhos: Ivete, Irete e Ioenete Maria; Do segundo casamento com Nativa Paiva, uma de minhas pastoras, nasceram dois filhos: Idrolete e Heitorzinho dos Prazeres, que me inspirou na composição da música “A Coisa Melhorou”, onde, em versos, dizia: “É mais um guerreiro, é mais um carioca, é mais um brasileiro”. A música foi gravada numa das primeiras produções independentes que se tem notícia, lançando a cantora Carmem Costa em sua carreira solo como intérprete.
          Da paixão e tristeza em função da morte de minha primeira esposa, encontrei uma nova maneira de me expressar artisticamente. Compositor e músico, descobri-me  como pintor ao ilustrar, através de um desenho colorido, minha mais nova criação musical: O Pierrô Apaixonado.
          Tornei-me, assim, um pintor da linha Primitivista Brasileira. O motivo dos meus quadros foram os temas populares: o samba, malandros, favelas, rodas de samba e mulatas. Entre minhas principais pinturas podemos citar: “Carnaval nos Arcos”, “Moenda”, “Tintureiro”, “Favelão ”e “O Violão”, este últimopintado a quatro mãos com meu grande amigo Dorival Caymmi.
          Participei ativamente das mais importantes exposições das artes plásticas brasileiras. Uma delas foi a exposição da RAF em benefício das vítimas da 2ª Guerra Mundial. Minha tela “Festa de São João” foi um grande sucesso, sendo adquirido pela filha do Reio George V e futura Rainha Elizabeth II que parou diante da obra e, sem conseguir conter o entusiasmo, falou: “Quem é e de onde vem este pintor extraordinário?”. A obra ainda figura no boletim de divulgação do MOMA, New York ao lado de Portinari, Guignard, Matisse, Picasso, Renoir, Van Gogh, Orosco dentre outras celebridades.
          Ganhei o terceiro prêmio para artistas nacionais na Primeira Bienal de Arte Moderna, em São Paulo, com o quadro intitulado “Moenda”, que até hoje faz parte do acervo do museu.
          No Senegal participei do 1º Festival de Arte Negra de Dakar, em 1966. Minha viagem à África foi triunfal, retornando às origens da raça que tanto enalteci em meu trabalho, resgatando o orgulho e a fé de uma etnia que ajudou a construir o Brasil.
          Entre os amigos conquistados em minha trajetória como artista plástico e músico posso destacar: Jorge Amado, o Presidente da República Juscelino e até intelectuais do porte de Stanislaw Ponte Preta e Carlos Drummond de Andrade, o poeta, que, inclusive, me conseguiu um emprego no Ministério da Educação e Cultura.

Prazeres de corpo e alma na avenida

          Apesar de todo este legado, o que mais me orgulhou nesta minha trajetória de vida foi ter participado de forma efetiva da criação de diversas escolas de samba na cidade do Rio de Janeiro: Na Rua Maia de Lacerda, 27, em companhia de Ismael Silva, Alcebíades Barcelos entre outros, fundei a Deixa Falar, hoje Estácio de Sá. Ajudei a fundar a Unidos da Tijuca, uma das escolas mais antigas do Rio de Janeiro bem como colaborei na fundação da Vizinha Faladeira.
          Com os amigos Mané Bambambam e Paulo da Portela, fundei a Portela. Escola a qual dei as cores azul e branco. Com a turma da Mangueira: Cartola, Carlos Cachaça, João da Gente, Zé Espinguela e Zé com Fome, colaborei na fundação da Verde e Rosa, onde ia contratar as pastoras para apresentações em festas e cassinos com meu amigo e parceiro Cartola.
          Participei do primeiro concurso entre sambistas que reuniu o Conjunto Oswaldo Cruz (hoje Portela), a Deixar Falar, do Estácio, e o Bloco Estação Primeira. O Compositor José Gomes da Costa ou Zé Espinguela foi o organizador do evento onde foram fixadas as bases das disputas entre as futuras Escolas de Samba.
          Cada conjunto apresentou duas obras. As composições da Mangueira eram de autoria de Cartola e Arturzinho, as do Estácio certamente de Ismael Silva, o grupo de Oswaldo Cruz, de minha autoria em parceria com Paulo da Portela e Antonio Caetano. Sagrou-se vencedor o Conjunto de Oswaldo Cruz.
          Nesta ocasião registra-se a forte rivalidade que já se iniciava entre as agremiações, tanto que o pessoal da Mangueira não se contentou com o resultado do concurso, e ameaçou quebrar o troféu destinado ao campeão. Zé Espinguela teve a brilhante solução de oferecer um troféu com fitas nas cores azul e branco para a turma de Oswaldo Cruz. Verde e rosa para a Mangueira e vermelha e branca para o Estácio. Contribuiu desta forma com a fixação das cores das agremiações, além de dar início aos concursos de Carnaval das futuras Escolas de Samba.
          Hoje, trago dentro do peito a certeza de ter colaborado para que o carnaval se transformasse nesta grandiosa festa popular, reconhecida mundialmente. Sei também que ninguém é capaz de construir nada sozinho, por isso, agradeço a todos os meus companheiros de jornada e a todos que ajudaram a fazer com que o samba e o carnaval sobrevivessem e se espalhassem por todos os cantos do mundo.
          Minhas músicas, minhas pinturas, meus amigos, minha família, são a prova de que vivi como um legítimo carioca, pois a tudo a que me dediquei me entreguei por inteiro.
          Em 2009, na Alegria da Zona Sul, ao som de sua empolgante bateria, tento contar um pouco de minha trajetória, que coincide com a própria História do Carnaval Brasileiro.
          Muito prazer! Meu nome é Heitor dos Prazeres, carioca da gema e artista de corpo e alma.

Texto: Comissão de Carnaval
Colaboração: Heitor dos Prazeres Filho e Ivete dos Prazeres

Roteiro do Desfile:

Nome da Fantasia Nome da ala Descrição Responsável pela ala

1° Setor: Prazeres do samba e do carnaval

  “O Pierrô apaixonado” Comissão de Frente Composta em parceria com Noel Rosa, representa o maior sucesso da obra musical de Heitor dos Prazeres, além de ter se tornado uma das ‘marchinhas' símbolo do carnaval Carioca.  

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: “Gosto que me enrosco”
          Simboliza uma das mais conhecidas obras musicais, desta feita em parceria com Sinhô.

1 É Carnaval Ala das Baianas Simbolizada pelos Arlequins, revive os antigos carnavais da juventude de Heitor dos Prazeres.  

1ª Alegoria: Abrem-se as portas para a folia
          Os Corsos abrem o cortejo, revivendo antigos desfiles carnavalescos onde reinavam figuras como arlequins, pierrôs e colombinas.

2º Setor: Prazeres da boemia carioca - Era do rádio e o cassino da Urca

3 O Rio antigo   Cenário de inspiração para o jovem apelidado Lino.  
4 Boemia da Lapa   Representa as noites de boemia das quais participavam poetas, malandros e capoeiras, entre eles Mano Heitor do Estácio.  
2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira: “Axé! Meu povo diz”
          Fantasia inspirada na fé de Heitor dos Prazeres nos cultos Afro-brasileiros.
5 Casa da tia Ciata - O samba no terreiro é mais feliz   Reduto de bambas freqüentado por personalidades como: Pixinguinha, Donga, Sinhô, Ismael Silva, João da Baiana, Paulo Benjamim de Oliveira, entre outros.  
6 Festa da Igreja da Penha   Palco onde eram lançadas as composições musicais que viriam a ser sucesso no Carnaval.  
7 O Cassino da Urca   Cenário musical onde Heitor dos Prazeres apresentava-se em companhia dos grandes artistas da Época de Ouro.  

2ª Alegoria: Rio Antigo - Prazeres da boemia carioca: Era do rádio e o Cassino da Urca
          O bonde nos transporta ao Rio Antigo onde reinou Mano Heitor do Estácio, reduto de sambistas, malandros e capoeiras. Tendo como pano de fundo os Arcos da Lapa, marca, ainda,  o período de surgimento da Rádio Nacional e Cassino da Urca, palcos onde brilhou Heitor dos prazeres.

3º Setor: Prazeres da arte

8 Cinema   Mostra a participação de Heitor dos Prazeres no filme “ O Samba e o Carnaval”, do grande cineasta Orson Welles.  
9 Carnaval do povo - Terra da garoa   Este encontro de vários artistas cariocas com Adoniran Barbosa marca a entrada do samba na Terra da Garoa.  
10 Rádio Nacional Bateria Representa um período que marcou época no Rádio brasileiro, revelando grandes nomes da música nacional.  
11 Heitor e sua gente Ala de Passistas Faz alusão às pastoras e suas vozes afinadas que acompanhavam Heitor dos Prazeres nos palcos dos programas de maior sucesso da Era do Rádio.  
12 Quadro festa de São João Ala de Crianças As crianças vêm representando um dos quadros de maior sucesso  de Heitor dos Prazeres, adquirido pela Rainha Elizabeth II.  
13 Quadro Moenda   Representa o quadro de sua autoria premiado com o 3 º Prêmio para Artistas Nacionais na primeira Bienal de Arte Moderna, São Paulo.  

3ª Alegoria: Prazeres da arte
          A alegoria traz uma aquarela em forma de coração, simbolizando o amor de Heitor dos Prazeres pelas artes plásticas, em particular pela pintura. Ao fundo, uma de suas mais renomadas pinturas, o quadro “Favelão”, aparece representado em estilo Naif, o mesmo utilizado por Heitor dos Prazeres.

4º Setor: Prazeres de corpo e alma na avenida

14 Mangueira   Mostra a participação de Heitor dos Prazeres na criação da verde-e-rosa juntamente com Cartola, Carlos Cachaça, Zé Espinguela e outros.  
15 Sai como pode (Portela)   Com as cores azul e branca, mostra a fundação da Portela, escola do seu coração, em parceria com Paulo Benjamim de Oliveira, Mané Bambambam  e outros.  
16 Unidos da Tijuca   As cores amarelo e azul  falam da participação de Heitor dos Prazeres na criação da Escola tijucana.  

Casais de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Mirins: “1º Concurso de Escolas de Samba – Zé Espinguela"
          Homenagem a Zé Espinguela, idealizador das disputas entre os conjuntos carnavalescos da época.

17 Vizinha Faladeira   As cores branco, vermelho e azul mostram a participação de Heitor dos Prazeres na criação da Escola de Samba da Zona Portuária.  
18 Deixa Falar (Estácio)   As cores vermelho e branco fazem alusão à participação de Heitor dos Prazeres na criação da “Deixa Falar” que deu origem à Estácio de Sá.  

4ª Alegoria: Heitor de corpo e alma
          Tributo à vida e à obra deste artista imortal, hoje homenageado pelo G.R.E.S. Alegria da Zona Sul.

5º Setor: Tributo a Heitor dos Prazeres

19 Tributo a Heitor dos Prazeres   Artistas plásticos, músicos e outras personalidades reunidas pela GRES Alegria da Zona Sul vêm homenagear este artista plural que tanto engrandeceu a Cultura Brasileira.  

Bibliografia:

  • Lírio, Alba e Prazeres Filho, Heitor dos. Heitor dos Prazeres - Sua arte e seu tempo. Rio de Janeiro: ND Comunicação, 2004.

Sites:

 

SAMBA ENREDO                                                2009

Enredo     Heitor dos Prazeres, carioca da gema, sambista de coração
Compositores     Rodney Cheto, Marcinho Keleque, Douglas PN, Bogalho, Guinho, Léo, Júnior e Vagner Britto

É carnaval, abrem-se as portas pra folia
Do céu vem Heitor, o esplendor
Saudar a Praça Onze e a boêmia
Abram alas que vamos passar
Hoje a poesia vai brilhar
O samba é raiz, Prazeres quem nos diz
A nossa escola hoje é a matriz
Na cultura popular, emoções de um grande autor
Das glórias se faz imortal
Nas lutas foi o vencedor
Herança que o passado nos deixou

Época de Ouro, surge a Rádio Nacional
Cassino da Urca, um cenário musical
Um show de sonhos, numa tela tão real

Samba, razão da minha vida, Mangueira querida
Ouço tamborins à repicar
Portela, teu manto é um encanto, esse Azul e Branco
Porta Bandeira faz o Pavilhão girar
Se a "Vizinha" falou, então "Deixa Falar"
A pergunta ficou no ar...
Assim tirando onda na avenida
Feliz eu vou cantar!!

Sou Carioca da Gema... Eu sou
Vem transbordar de Alegria... Amor
Sacode povão... Na palma da mão
A bateria vai tocar seu coração