O Rio em preto e Branco – França.Br 2009
Síntese do Enredo:
A cada ano a França homenageia um país diferente. São as Saisons Culturelles – Temporadas Culturais, manifestações onde são focadas a identidade de cada país. Em 2005 foi a vez do Brasil ser homenageado com Brésil Brésis onde nós brasileiros mostrarmos para os franceses que nosso país é muito mais do que carnaval samba e futebol. Para o Brasil foi uma oportunidade de mostrar nossa diversidade cultural para o público francês e também para o Europeu. Em 2009 é o ano de nós brasileiros retribuirmos à homenagem “Ano da França no Brasil”, que terá celebrações por todo o país e, claro, no Rio de Janeiro. O G.R.C.E.S.M MEL do Futuro, através do enredo para o carnaval de 2009 “O Rio em Preto e Branco – França. Br2009”, que mostrar que não é só nas teclas de piano que o preto e o branco convivem em perfeita harmonia. Mas reafirmar, junto ao público brasileiro, a antiga sintonia e a atual criatividade que não cessa de renovar na história e na cultura de nosso país, as nossas ligações estrangeiras mais amigáveis. Resgatando o orgulho e a estima do carioca pela sua paisagem que mistura a arquitetura com belezas naturais sem deixar de fora os aspectos humanos.
Apresentação:
História de um passado inocente que voou para onde não sabemos. Porque
deixou de existir? ... Também não sabemos. Sabemos que podemos nos
transformar, se quisermos. A lagarta é feia, mas num processo de
transformação, vira uma borboleta. O feio se faz lindo, onde a liberdade se
faz presente. O Rio, de ontem e o de hoje, é como uma borboleta branca ou
preta que voa sem destino, mas pode expressar sua liberdade. O Rio, em preto
e branco, é lindo como uma borboleta...mas as borboletas estão em extinção.
Borboletas brancas, Rio antigo, inocência branca. Borboletas pretas, Rio de
hoje, inocência perdida.
Edna de Lira Ferreira
Introdução:
A cada ano a França homenageia um país diferente. São as Saisons Culturelles
– Temporadas Culturais, manifestações onde são focadas a identidade de cada
país. Em 2005 foi a vez do Brasil ser homenageado com Brésil Brésis onde nós
brasileiros mostrarmos para os franceses que nosso país é muito mais do que
carnaval, samba e futebol. Para o Brasil foi uma oportunidade de mostrar
nossa diversidade cultural para o público francês e também para o europeu.
Em 2009 é o ano de nós brasileiros retribuirmos à homenagem “Ano da França
no Brasil”, que terá celebrações por todo o país e, claro, no Rio de
Janeiro. O G.R.C.E.S.M MEL do Futuro, através do enredo para o carnaval de
2009 “O Rio em Preto e Branco – França.Br2009, que mostrar que não é só nas
teclas de piano que o preto e o branco convivem em perfeita harmonia. Mas
reafirmar, junto ao público brasileiro, a antiga sintonia e a atual
criatividade que não cessa de renovar na história e na cultura de nosso
país, as nossas ligações estrangeiras mais amigáveis. Resgatando o orgulho e
a estima do carioca pela sua paisagem, que mistura a arquitetura com belezas
naturais, sem deixar de fora os aspectos humanos.
Caminhando com um olhar atento pelas ruas do Rio, percebemos o estilo
arquitetônico francês. Apesar de perdidos no meio do caos urbano e entregues
à ação do tempo, as construções ainda conservam o glamour de um país
rico e próspero. A vontade de um governo mostrar para o mundo que o Brasil
era “um país novo” foi uma das causas das mudanças dos padrões artísticos em
vigor. Por séculos, a influência francesa sobre o Brasil deu-se em todas as
áreas,se não vejamos: pelas artes plásticas, pela fotografia, pela
literatura, pela filosofia, pelos ideais políticos, pela arquitetura moderna
e pelo cinema. Praticamente não houve arte, ciência ou conhecimento em que a
cultura francesa não estivesse presente.
A chegada da Missão Artística Francesa em 1816 para atender as necessidades
de Dom João VI, revolucionaria as artes na corte tropical do Rio de Janeiro.
Um dos integrantes da missão Jean Baptiste Debret, um verdadeiro cronista
social, armado de pincéis registrou imagens vivas e as mais diversas cenas
da vida cotidiana do Brasil colonial. Foi dele também o desenho da primeira
bandeira do Brasil (verde-amarela com losango no centro). A Proclamação da
República, que ocorreu no Rio de Janeiro em 15 de novembro de 1889, estava
fortemente embasada pelo pensamento do filósofo francês Auguste Conte,
fornecendo inclusive o lema da bandeira nacional: Ordem e Progresso. O
título de nossa primeira marchinha, Ô Abre alas, de Chiquinha Gonzaga,
preconiza uma época de grandes transformações numa cidade de ruas sujas,
estreitas e mal iluminadas onde proliferavam a varíola, a peste bubônica e a
febre amarela.
Na saúde pública observa-se a obra do sanitarista Oswaldo Cruz no combate à
febre amarela e na introdução das campanhas de vacinação, bem como a direção
do Instituto de Manguinhos, no Rio de Janeiro, que resultou dos estudos
feitos pelo doutor Cruz sobre o desenvolvimento da bacteriologia no
Instituto Pasteur, de Paris. A reforma urbana do Rio de Janeiro,
transformada em Capital Federal pela República, liderada pelo prefeito
Pereira Passos foi fortemente influenciada pelas obras do Prefeito de Paris,
o Barão de Haussmann, considerado o gênio do urbanismo francês do século
XIX. Depois do “bota - abaixo”, ergue-se uma nova metrópole “que mais
parecia um pedaço da Europa”, uma Paris nos trópicos.
“O Rio Civiliza-se!” É a expressão mais corrente após a conclusão da Avenida
Central. Baniu-se do centro da cidade a presença dos humildes e permitiu que
a burguesia ganhasse as ruas, caminhando por um novo Rio de Janeiro.
Contudo, para alguns, a grande obra não passava de uma “mulata apertada em
um vestido francês”. Considerada uma era de ouro da beleza, tornando a vida
mais fácil em todos os níveis sociais, que traduzia em novos modos de pensar
e viver o cotidiano da Belle Époque. “A Belle Époque é a idade do ouro da
profissão docente; ela é também a inauguração da criança-rei ou, se assim
preferir, século da criança”.
Nada mais belo do que aquele que foi a inspiração máxima da arquitetura
francesa em nossa cidade: Theatro Municipal, uma réplica menor do teatro
Ópera, de Paris. O Copacabana Palace desenhado pelo arquiteto francês Joseph
Gire, foi o hotel que, por assim dizer, inaugurou a praia de Copacabana –
até aí cortada da cidade e apenas povoada por algumas cabanas dispersas. O
Cristo Redentor projetado pelo escultor franco-polonês Paul Landowski, está
localizado na cidade do Rio de Janeiro a 709 metros acima do nível do mar,
no Morro do Corcovado. A partir disso, recebe festivamente o título de
Cidade Maravilhosa conferida por Coelho Neto. Uma Cidade Maravilhosa que não
vemos ou passa despercebido. O que olhamos todos os dias, mas quase não
vemos, ou não queremos ver, está documentada com toda sua beleza e
violência, hoje presente em qualquer grande cidade.
O artista aqui deixa de ser observador passivo e sensível e passa a
interferir na paisagem com suas novas investigações e investidas.De um lado
o amor cego que só enxerga as maravilhas; do outro, o amor ferido, aquele
que sofre e sobrevive à brutalidade, violência. O amor aqui nada mais é que
uma metáfora para resgatar o testemunho perdido de nosso tempo. Tempo este
que não sofre apenas com o mal da violência ou com a velocidade com que os
acontecimentos se sobrepõem, mas sofre, sobretudo, com o mal do nosso
século: a solidão. Tempero da alma e da razão que transforma a realidade em
lirismo que por sua vez transforma a imagem em signo, símbolo e manifesto.
Assim como toda cidade, a nossa também está repleta de símbolos que nos
prendem o olhar e enchem de orgulho. Resgatar o orgulho e a estima do
carioca pela sua paisagem que mistura a arquitetura com belezas naturais sem
deixar de fora os aspectos humanos.
E com a mesma liberdade com que criamos, pedimos para, que depois de
percorridas estas imagens, responda: O Rio de Janeiro continua lindo? O
G.R.C.E.S.M MEL do Futuro, desta forma, registra a homenagem e o amor pelo
Rio e a França, amor este PASSADO a preto e branco: “O RIO EM PRETO E BRANCO’’
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França.Br2009
Autor do enredo e Carnavalesco: Waldecyr Rosas
Organograma de Desfile:
- Comissão de Frente – Asas de pássaro:
O vôo das borboletas resgatando a influência cultural da França em nossa história
- 1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira – Xeque mate:
A mudança nos padrões artísticos, trazendo a nobreza às ruas
- Carro 01 – Abre Alas – França Brasil - França à vista
- Ala 01 – Baianas – O vôo de outrora - Em busca da inocência
- Ala 02 – Debret é nosso! - A chegada da Missão Artística Francesa ao Rio de Janeiro. Jean Batist Debret desenha a primeira bandeira do Brasil
- Ala 03 – A arte de Debret - O dia a dia do Rio. A visão do artista sobre o cotidiano do Rio de Janeiro
- Ala 04 – Pernas pra que te quero - Do can-can ao samba
- Ala 05 – A mulata apertada em um vestido francês - Cria-se um novo Rio. Para alguns, a grande obra não passava de uma mulata apertada em um vestido francês
- Ala 06 – Belle Époque - Um novo modo de pensar
- 2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira – Liberte, Egalité, Fraternité:
Obrigado França
- Ala 07 – Josetle Gire - Homenagem ao arquiteto francês que desenhou o Hotel Copacabana Palace que, por assim dizer, inaugurou a Praia de Copacabana
- Ala 08 – Lee banhista - Hoje vai dar praia
- Ala 09 – Façam suas apostas - O glamour do Rio Antigo
- Ala 10 – Bateria – Boemia - O élan do Rio Antigo
- Ala 11 – Passistas – Cherrie - Aos coquines do samba
- Ala 12 – Poetas da noite - De bar em bar eu ainda te esqueço
- Ala 13 – Theatro Municipal – Confete e serpentina - Ô abre alas que eu vou passar
- Ala 14 – Mamães eu quero - Vamos ao Cordão da Bola Preta, para tudo se acabar na quarta-feira.
- Ala 15 – Estrela solitária - Sou Rio, sou preto e branco
- Ala 16 – Estão voltando às flores - Saudades de um passado e a esperança de um Rio novo
- Carro 02 – O Rio de Janeiro continua lindo! - Resgatar o orgulho e a estima do carioca pela sua paisagem que mistura arquitetura com belezas naturais, sem deixar de fora os aspectos humanos
- Ala 17 – As cores da vida - O Rio é nosso
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