FICHA TÉCNICA 2009

 

Carnavalesco     Waldecyr Rosas
Diretor de Carnaval     Waldecyr Rosas
Diretor de Harmonia     Nega
Diretor de Evolução     Nega
Diretor de Bateria     Mestre Anderson Alves (Negão)
Puxador de Samba Enredo     Rafael Santos
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Cleiton e Cléa
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Randerson e Gabriela
Terceiro Casal de M.S. e P. B.     Rodrigo e Fernanda
Resp. Comissão de Frente     Gislaine Lira
Resp. Ala das Baianas     Não teve
Resp. Ala de Passistas     Luciene Bombom
Rainha de Bateria     Mariana Chianello

 

SINOPSE 2009

O Rio em preto e Branco – França.Br 2009

Síntese do Enredo:

          A cada ano a França homenageia um país diferente. São as Saisons Culturelles – Temporadas Culturais, manifestações onde são focadas a identidade de cada país. Em 2005 foi a vez do Brasil ser homenageado com Brésil Brésis onde nós brasileiros mostrarmos para os franceses que nosso país é muito mais do que carnaval samba e futebol.  Para o Brasil foi uma oportunidade de mostrar nossa diversidade cultural para o público francês e também para o Europeu. Em 2009 é o ano de nós brasileiros retribuirmos à homenagem “Ano da França no Brasil”, que terá celebrações por todo o país e, claro, no Rio de Janeiro. O G.R.C.E.S.M MEL do Futuro, através do enredo para o carnaval de 2009 “O Rio em Preto e Branco – França. Br2009”, que mostrar que não é só nas teclas de piano que o preto e o branco convivem em perfeita harmonia. Mas reafirmar, junto ao público brasileiro, a antiga sintonia e a atual criatividade que não cessa de renovar na história e na cultura de nosso país, as nossas ligações estrangeiras mais amigáveis. Resgatando o orgulho e a estima do carioca pela sua paisagem que mistura a arquitetura com belezas naturais sem deixar de fora os aspectos humanos.

Apresentação:

          História de um passado inocente que voou para onde não sabemos. Porque deixou de existir? ... Também não sabemos. Sabemos que podemos nos transformar, se quisermos. A lagarta é feia, mas num processo de transformação, vira uma borboleta. O feio se faz lindo, onde a liberdade se faz presente. O Rio, de ontem e o de hoje, é como uma borboleta branca ou preta que voa sem destino, mas pode expressar sua liberdade. O Rio, em preto e branco, é lindo como uma borboleta...mas as borboletas estão em extinção. Borboletas brancas, Rio antigo, inocência branca. Borboletas pretas, Rio de hoje, inocência perdida.

Edna de Lira Ferreira

Introdução:

          A cada ano a França homenageia um país diferente. São as Saisons Culturelles – Temporadas Culturais, manifestações onde são focadas a identidade de cada país. Em 2005 foi a vez do Brasil ser homenageado com Brésil Brésis onde nós brasileiros mostrarmos para os franceses que nosso país é muito mais do que carnaval, samba e futebol. Para o Brasil foi uma oportunidade de mostrar nossa diversidade cultural para o público francês e também para o europeu. Em 2009 é o ano de nós brasileiros retribuirmos à homenagem “Ano da França no Brasil”, que terá celebrações por todo o país e, claro, no Rio de Janeiro. O G.R.C.E.S.M MEL do Futuro, através do enredo para o carnaval de 2009 “O Rio em Preto e Branco – França.Br2009, que mostrar que não é só nas teclas de piano que o preto e o branco convivem em perfeita harmonia. Mas reafirmar, junto ao público brasileiro, a antiga sintonia e a atual criatividade que não cessa de renovar na história e na cultura de nosso país, as nossas ligações estrangeiras mais amigáveis. Resgatando o orgulho e a estima do carioca pela sua paisagem, que mistura a arquitetura com belezas naturais, sem deixar de fora os aspectos humanos.
          Caminhando com um olhar atento pelas ruas do Rio, percebemos o estilo arquitetônico francês. Apesar de perdidos no meio do caos urbano e entregues à ação do tempo, as construções ainda conservam o glamour de um país rico e próspero. A vontade de um governo mostrar para o mundo que o Brasil era “um país novo” foi uma das causas das mudanças dos padrões artísticos em vigor. Por séculos, a influência francesa sobre o Brasil deu-se em todas as áreas,se não vejamos: pelas artes plásticas, pela fotografia, pela literatura, pela filosofia, pelos ideais políticos, pela arquitetura moderna e pelo cinema. Praticamente não houve arte, ciência ou conhecimento em que a cultura francesa não estivesse presente.
          A chegada da Missão Artística Francesa em 1816 para atender as necessidades de Dom João VI, revolucionaria as artes na corte tropical do Rio de Janeiro. Um dos integrantes da missão Jean Baptiste Debret, um verdadeiro cronista social, armado de pincéis registrou imagens vivas e as mais diversas cenas da vida cotidiana do Brasil colonial. Foi dele também o desenho da primeira bandeira do Brasil (verde-amarela com losango no centro). A Proclamação da República, que ocorreu no Rio de Janeiro em 15 de novembro de 1889, estava fortemente embasada pelo pensamento do filósofo francês Auguste Conte, fornecendo inclusive o lema da bandeira nacional: Ordem e Progresso. O título de nossa primeira marchinha, Ô Abre alas, de Chiquinha Gonzaga, preconiza uma época de grandes transformações numa cidade de ruas sujas, estreitas e mal iluminadas onde proliferavam a varíola, a peste bubônica e a febre amarela.
          Na saúde pública observa-se a obra do sanitarista Oswaldo Cruz no combate à febre amarela e na introdução das campanhas de vacinação, bem como a direção do Instituto de Manguinhos, no Rio de Janeiro, que resultou dos estudos feitos pelo doutor Cruz sobre o desenvolvimento da bacteriologia no Instituto Pasteur, de Paris. A reforma urbana do Rio de Janeiro, transformada em Capital Federal pela República, liderada pelo prefeito Pereira Passos foi fortemente influenciada pelas obras do Prefeito de Paris, o Barão de Haussmann, considerado o gênio do urbanismo francês do século XIX. Depois do “bota - abaixo”, ergue-se uma nova metrópole “que mais parecia um pedaço da Europa”, uma Paris nos trópicos.
          “O Rio Civiliza-se!” É a expressão mais corrente após a conclusão da Avenida Central. Baniu-se do centro da cidade a presença dos humildes e permitiu que a burguesia ganhasse as ruas, caminhando por um novo Rio de Janeiro. Contudo, para alguns, a grande obra não passava de uma “mulata apertada em um vestido francês”. Considerada uma era de ouro da beleza, tornando a vida mais fácil em todos os níveis sociais, que traduzia em novos modos de pensar e viver o cotidiano da Belle Époque. “A Belle Époque é a idade do ouro da profissão docente; ela é também a inauguração da criança-rei ou, se assim preferir, século da criança”.
          Nada mais belo do que aquele que foi a inspiração máxima da arquitetura francesa em nossa cidade: Theatro Municipal, uma réplica menor do teatro Ópera, de Paris. O Copacabana Palace desenhado pelo arquiteto francês Joseph Gire, foi o hotel que, por assim dizer, inaugurou a praia de Copacabana – até aí cortada da cidade e apenas povoada por algumas cabanas dispersas. O Cristo Redentor projetado pelo escultor franco-polonês Paul Landowski, está localizado na cidade do Rio de Janeiro a 709 metros acima do nível do mar, no Morro do Corcovado. A partir disso, recebe festivamente o título de Cidade Maravilhosa conferida por Coelho Neto. Uma Cidade Maravilhosa que não vemos ou passa despercebido. O que olhamos todos os dias, mas quase não vemos, ou não queremos ver, está documentada com toda sua beleza e violência, hoje presente em qualquer grande cidade.
          O artista aqui deixa de ser observador passivo e sensível e passa a interferir na paisagem com suas novas investigações e investidas.De um lado o amor cego que só enxerga as maravilhas; do outro, o amor ferido, aquele que sofre e sobrevive à brutalidade, violência. O amor aqui nada mais é que uma metáfora para resgatar o testemunho perdido de nosso tempo. Tempo este que não sofre apenas com o mal da violência ou com a velocidade com que os acontecimentos se sobrepõem, mas sofre, sobretudo, com o mal do nosso século: a solidão. Tempero da alma e da razão que transforma a realidade em lirismo que por sua vez transforma a imagem em signo, símbolo e manifesto. Assim como toda cidade, a nossa também está repleta de símbolos que nos prendem o olhar e enchem de orgulho. Resgatar o orgulho e a estima do carioca pela sua paisagem que mistura a arquitetura com belezas naturais sem deixar de fora os aspectos humanos.
          E com a mesma liberdade com que criamos, pedimos para, que depois de percorridas estas imagens, responda: O Rio de Janeiro continua lindo? O G.R.C.E.S.M MEL do Futuro, desta forma, registra a homenagem e o amor pelo Rio e a França, amor este PASSADO a preto e branco: “O RIO EM PRETO E BRANCO’’ - França.Br2009

Autor do enredo e Carnavalesco: Waldecyr Rosas

Organograma de Desfile:
  • Comissão de Frente – Asas de pássaro: O vôo das borboletas resgatando a influência cultural da França em nossa história
  • 1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira – Xeque mate: A mudança nos padrões artísticos, trazendo a nobreza às ruas
  • Carro 01 – Abre Alas – França Brasil - França à vista
  • Ala 01 – Baianas – O vôo de outrora - Em busca da inocência
  • Ala 02 – Debret é nosso! - A chegada da Missão Artística Francesa ao Rio de Janeiro. Jean Batist Debret desenha a primeira bandeira do Brasil
  • Ala 03 – A arte de Debret - O dia a dia do Rio. A visão do artista sobre o cotidiano do Rio de Janeiro
  • Ala 04 – Pernas pra que te quero - Do can-can ao samba
  • Ala 05 – A mulata apertada em um vestido francês - Cria-se um novo Rio. Para alguns, a grande obra não passava de uma mulata apertada em um vestido francês
  • Ala 06 – Belle Époque - Um novo modo de pensar
  • 2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira – Liberte, Egalité, Fraternité: Obrigado França
  • Ala 07 – Josetle Gire - Homenagem ao arquiteto francês que desenhou  o Hotel Copacabana Palace que, por assim dizer, inaugurou a Praia de Copacabana
  • Ala 08 – Lee banhista - Hoje vai dar praia
  • Ala 09 – Façam suas apostas - O glamour do Rio Antigo
  • Ala 10 – Bateria – Boemia - O élan do Rio Antigo
  • Ala 11 – Passistas – Cherrie - Aos coquines do samba
  • Ala 12 – Poetas da noite - De bar em bar eu ainda te esqueço
  • Ala 13 – Theatro Municipal – Confete e serpentina - Ô abre alas que eu vou passar
  • Ala 14 – Mamães eu quero - Vamos ao Cordão da Bola Preta, para tudo se acabar na quarta-feira.
  • Ala 15 – Estrela solitária - Sou Rio, sou preto e branco
  • Ala 16 – Estão voltando às flores - Saudades de um passado e a esperança de um Rio novo
  • Carro 02 – O Rio de Janeiro continua lindo! - Resgatar o orgulho e a estima do carioca pela sua paisagem que mistura arquitetura com belezas naturais, sem deixar de fora os aspectos humanos
  • Ala 17 – As cores da vida - O Rio é nosso

 

SAMBA ENREDO                                                2009
Enredo     O Rio em preto e Branco - França.Br 2009
Compositores     Hudson Luiz, Thiago Brito e Waldecyr Rosas

O Rio é lindo e sempre será
Em harmonia com a França, vamos brindar
O MEL do Futuro hoje canta com glamour
Em preto e branco, a cidade que meu Deus criou

Voa borboleta no céu da passarela
E mostra a minha beleza pintada em aquarela
Viajando no tempo
Vejo a arte francesa na corte tropical
Debret armado de pincéis
Pinta a Bandeira Nacional
Assim se fez ordem e progresso
O abre alas que eu vou passar

Depois do bota abaixo, virei burguês
Mulata apertada em um vestido francês
A Belle époque idade de ouro
O Rio é o meu maior tesouro

Glórias ao Theatro Municipal
Patrimônio cultural do meu Brasil
De braços abertos sou irreverente e hospitaleiro
Cidade Maravilhosa cartão postal do mundo inteiro
Mesmo com a violência que existe em todo lugar
O amor por essa cidade
Sempre no coração vai morar