FICHA TÉCNICA 2011

 

Carnavalesco     Alex Varela, Ana Colatino, Julio Cerqueira e Rita de Cássia
Diretor de Carnaval     Rita de Cássia, Nana e Júlio Cerqueira
Diretor de Harmonia     Cláudio Sequis
Diretor de Evolução     Cláudio Sequis
Diretor de Bateria     Paulo Veloso (Mestre Paulão)
Puxador de Samba Enredo     Rafael (Tinguinha), Vivian Concelos e Juan Briggs
Primeiro Casal de M.S. e P. B.     Marcos Vinícius Pereira e Rayara Monnier
Segundo Casal de M.S. e P. B.     Juliano Cunha Menezes e Jeniffer Bispo Souza
Resp. Comissão de Frente     Matheus Duarte Moura
Resp. Ala das Baianas     Marilene
Resp. Ala de Passistas     Kelly Amaral
Rainha da Bateria     Mell Cristine Barreto Elias

 

SINOPSE 2011

Muito prazer Isabel de Bragança ou Drummond Rosa da Silva, mas pode me chamar de Vila
(Reedição do samba enredo da
Unidos de Vila Isabel de 1994)

Sinopse:

          Oh, minha Vila! Oh, minha Vila, querida! Você é amor, é poesia, samba e alegria! Quem já não ouviu falar de você?!
          No início, você foi o berço de índios Tamoios e Tupinambás. Com a chegada dos portugueses e a fundação da cidade do Rio de Janeiro, vieram os Jesuítas que difundiram em suas terras grande plantação de cana-de-açúcar. Nessa época lhe chamavam de Fazenda dos Macacos.
          Com a fundação do Império do Brasil, no ano de 1822, o Imperador  D. Pedro I lhe adotou como sua preferida. Tanto que foi o dote de casamento de D. Pedro a Duquesa de Bragança. Virou uma espécie de residência da Família Real.
          Um dia passou para outro dono, o Sr. João Batista Viana Drumond, o nosso conhecido Barão. E foi com ele que começou a crescer realmente. E vejam só, chegaram a fundar uma Companhia Arquitetônica na cidade só para lhe urbanizar. Ruas e avenidas no modelo francês, batizadas quase que em sua totalidade com nomes de abolicionistas famosos ou de moradores ilustres como: Joaquim Nabuco, Bezerra de Menezes, Manoel de Abreu, Teodoro da Silva e outros tantos. De quando em vez recebia a visita do Imperador D.Pedro II que guardava muito carinho e admiração. Começou a ter vida própria, ganhou um zoológico no antigo caminho do goiabal. Logo chegaram os bondes e com eles muitos admiradores. Suas ruas se encheram de gente bonita e bem vestida.
          O século XX chegou e, logo, novas transformações chegaram. Sua avenida principal era o Boulevard, nela misturando-se a elegância francesa e amabilidade carioca. Foi crescendo. Apareceram fábricas e com elas mais moradores. Uma delas, a Fábrica Confiança de Tecidos. O dono do estabelecimento, Seu Luiz Alves, pernambucano como quase todos os operários da Confiança, trouxe consigo um pouco da herança de sua terra. Através dele, por suas ruas, desfilou o mais importante Frevo da cidade "Os Lenhadores".
          Nos dias de carnavais, as batalhas de confetes nos bondes e nas suas ruas eram inenarráveis. Com carros próprios ou até mesmo alugados, os corsos eram esperados com ansiedade. Com suas capotas arriadas, os automóveis exibiam odaliscas, sultões, piratas e tantos outros personagens que desfilavam sob chuva de confetes e serpentinas.
          O gosto pelo samba foi tomando conta do bairro. Cada vez mais, noites iam se enchendo de cadência e compasso. E lá do alto do Morro que ainda lembra seu nome, Morro do Macaco, em 1946, surgiu, das mãos de Seu China, a Escola de Samba Unidos de Vila Isabel.
          Aquele que mais lhe cantou e exaltou em verso e prosa, não viu nascer a sua Agremiação carnavalesca. O “poeta da Vila”, Noel Rosa, foi jovem para o espaço sideral. A vida de “queixinho”, como era carinhosamente chamado pelos amigos, foi de notas musicais. Seus belos sambas animavam carnavais. Noel brincava em blocos, como o “Faz Vergonha”, e vivia em meio aos malandros e dançarinas de cabaret. Subia os morros da cidade para compor com os compositores que lá viviam. De bar em bar, e de amores em amores, tecia as suas canções. Freqüentava serestas e serenatas sob a luz das estrelas em diversos pontos do bairro, como a Leiteria Vita e o Ponto-do-Cem-Réis.
          A partida de Noel deixou em você, minha Vila, grande saudade!!! Mas, a presença do “seu poeta maior” se faz viva por todos os seus cantos, como nas calçadas musicais e na escultura que fizeram para homenageá-lo localizada logo no início do Boulevard. Saudades de ti, Noel!!!!

Alex Varela (historiador do GRES Unidos de Vila Isabel),
Ana Colatino, Julio Cerqueira e Rita de Cássia.

Nota: Nova versão do Enredo do GRES Unidos de Vila Isabel, desenvolvido no Carnaval 1994, pelo carnavalesco Oswaldo Jardim (In Memoriam).

Organograma de desfile:

  • Comissão de Frente – Malandros
  • 1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira (Vinícius e Raiara) – Referência indígena
  • Ala de Abertura – Índios Tamoios e Tupinambás
  • Carro 01 (Abre-Alas)
  • Ala 01 – Jesuítas
  • Ala 02 – Índios catequizados
  • Ala 03 – Cana de Açúcar
  • Ala 04 – Corte Imperial
  • Ala 05 – Arquitetura Francesa
  • Ala 06 – Jardim Zoológico (vários bichos)
  • Carro 02
  • Ala 07 - Odaliscas
  • Ala 08 – Sultões
  • Ala 09 (Bateria) – Piratas
  • Ala 10 – Passistas
  • Ala 11 – Colombina
  • Ala 12 – Pierrot
  • 2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira (Juliano e Jeniffer)
  • Ala 13 – Arlequim
  • Ala 14 – Palhaços
  • Carro 03
  • Ala 15 – Malandros
  • Ala 16 – Dançarinos de cabaré
  • 3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira
  • Ala 17 – Calçadas musicais
  • Ala 18 (Baianinhas) – Tangarás
  • Ala 19 – Notas musicais
  • Ala 20 – Tributo a Noel
  • Tripé
  • Ala 21 – Velha Guarda Mirim
  • Ala 22 – Velha Guarda da Unidos de Vila Isabel

 

SAMBA ENREDO                                                2011
Enredo     Muito prazer Isabel de Bragança ou Drummond Rosa da Silva, mas pode me chamar de Vila (Reedição do samba enredo da Unidos de Vila Isabel de 1994)
Compositores     Vilani Silva "Bombril", Evandro Bocão e André Diniz
Vou cantando...
Os meus encantos vou mostrar
Muito prazer, eu sou a musa, sou a fonte
Deixa meu feitiço te levar

Antes habitada pelos índios
E os jesuítas cultivaram a cana no meu chão
Era "Fazenda dos Macacos"
A preferida do Imperador desta nação
Também fui o dote de D.Pedro para duquesa
Com o progresso de Drumond
Ganhei cultura e requinte "à francesa"

"Peguei o bonde", "passei" no Boulevard
E a "Confiança" é doce recordar
"Os três apitos" cantados por Noel
Ainda ecoam pela Vila Isabel

Blocos, corsos, "lenhadores"...
Alegria dos meus carnavais
Embalei, os namorados, na magia do amor formei casais
Em noites de festas, serestas, violões e "Os Tangarás"
Virei a predileta dos amantes e poetas
Gravados nas calçadas musicais
Desperta "Seu China"! Acorda "Noel"!
Pra ver a nossa escola desse branco azul do céu
E o "Zé Ferreira" (alô Martinho!) vem saudando a multidão
Pode ma chamar de Vila que orgulho é o meu "Brazão"!

Quem põe não tira
Nesta ceia popular
Sou do morro à nobreza
E de quem quiser amar