FICHA TÉCNICA 2007

 

Carnavalesco     Oficina de Carnaval
Diretor de Carnaval     ..............................................................
Diretor de Harmonia      José Henrique de Freitas
Diretor de Evolução     ...............................................................
Diretor de Bateria      Allan Christian
Puxador de Samba Enredo      Érica Lobo
Primeiro Casal de M.S. e P. B.      Yuri e Anne
Segundo Casal de M.S. e P. B.     ................................................................
Resp. Comissão de Frente     ................................................................
Resp. Ala das Baianas     ................................................................
Rainha da Bateria      Evelyn

 

SINOPSE 2007

Cantos e Contos do Rio

Justificativa:

          Não existe nada mais VIP que ser carioca. Essa mistura bem sucedida de sedução e cortesia é o carioca. Ser carioca é receber, de braços abertos, de janeiro a janeiro todos os frutos da nossa pátria mãe gentil. É manter os sentidos abertos para a música e a dança de todas as tribos que nos visitam ou que aqui se instalam. O som é o instrumento de comunhão e com ele construímos nossa identidade, desde os primeiros povos que por aqui chegaram. "Cantos e Contos do Rio" quer homenagear a música popular carioca, seus principais personagens e principalmente o ritmo que identifica o Rio de Janeiro no Brasil e no exterior. O samba.

Sinopse:

Cantos e Contos do Rio

Rio, palco de movimentos musicais desde sua existência.
Rio do lundu, do choro e da modinha.
Rio da rádio Nacional.
Rio dos Festivais.
Rio que charm e soul tornam-se black music.
Rio de funks e raps.

          A cidade do Rio de Janeiro foi e continua sendo geradora de famosos. Um verdadeiro corredor cultural de becos, ruas e praças de onde sugiram nomes que fizeram história.
          "Glamourosa, poderosa desde suas belezas naturais sempre teve olhar de diamante".
          O Rio sempre cantou e não parou mais de cantar ...
          Canta nega, que até o piano da sinhá te faz requebrar é o Lundu que vem contar.
          O colonizador cantou seu romantismo e o aguçado tempero carioca trouxe na modinha um aroma de água de cheiro.
          Chorei tua saudade, mas como sou carioca transformei essa dor no mais doce "affair".
          Lancei a Era do rádio para todo o país e criei fãs-clubes de delírio.
          Nos FICs trouxe o mundo inteiro para cantar no Maracanãzinho.
          Cantei música preta, rocks e baladas.
          Continuo cantando e não pretendo parar de cantar porque o canto é meu retrato falado.
          As cantoras do rádio levavam a vida a cantar.
          Cartola pedia pra ver seus olhos tristonhos.
          Noel Rosa, com que roupa eu vou?
          Mas quando saio do Rio, sinto uma saudade...o Tom bem que dizia que nossa alma canta quando vemos o Rio de Janeiro.
          Uma cousa mais linda, mais cheia de graça é o Vinícius que vemos passar.
          Do Leme ao Pontal, tomando suco de caju, Tim Maia está nos olhando.
          Para entrar com Zé Pretinho, Joge Benjor chama o síndico.
          E Zeca Pagodinho diz para não esquentar que a vida vai nos levar.
          Talvez nos leve sempre exagerada como Cazuza gostava.
          O fato é que nesta cidade a lei é a seguinte; se eles dançam eu danço.
          Olha o Rio de Janeiro aí gente, chora cavaco!

          Com a benção de São Sebastião, São Jorge, Nossas Senhoras e Orixás, agradecemos tudo que temos, do mais belo ao mais sagrado. Entre o mar e a montanha ergue-se nosso maior tesouro: nossa Música Popular Carioca.

Setor 1 - Movimentos musicais e sócio-culturais desta Cidade

          Numa época em que a escravidão já agonizava, mucamas ouviam a música das sinhás ao piano e os atabaques na senzala começavam a temperar essa canção. Essa música recebia um requebro mais lento, porém não menos insinuante: era o Lundu.
          Já após a Lei Áurea, a a canção européia recheada de nostalgia, acariciava-se com um toque brejeiro chamado de modinha. E como se não fosse bastante, os choros chegaram utilizando instrumentos de corda e sopro anunciando um lamento profundo que não acabava em tristeza, pois esse chorinho era um sambinha com gosto de primavera.
          Malandros e melindrosas construíram a magia das ruas. Nas casas da Mãe Joana e da Tia Ciata, os guetos negros fincavam suas raízes. Perseguidos pela Lei, driblavam a suposta ordem e como capoeiristas se desviavam-se do ataque do inimigo. Pelo Telefone, primeiro samba de Sinhô, fazia uma alusão à essa perseguição da polícia. O samba de terreiro iniciava sua carreira, numa região conhecida como "Pequena África" - espaço que se estendia da Pedra do Sal, Morro da Conceição , nas cercanias da atual Praça Mauá, até a Cidade Nova, vizinha do Estácio e Sambódromo.
          A cidade começa a se remodelar e a moda introduz na população um viço até então não visto. Surge a Rádio Nacional, grandes nomes da nossa música enfrentam o programa de calouros de Ary Barroso. Ali se inicia uma época de ouro de cantores e compositores.
          Na era Juscelino Kubitschek, o Brasil vivia uma época de núpcias culturais. O samba , até então rotulado de marginal, recebe de intelectuais como Vinícius um fraque de gala. Entrou para a família das noites musicais da zona sul e nasce a belíssima filha da música popular carioca, a Bossa Nova.
          Já nos anos 70, os festivais dão o tom. O auge da sua glória foi no Maracanãzinho, onde as faces nacionais e internacionais realizavam verdadeiros intercâmbios musicais com o que se produzia de mais novo em música pelo mundo afora.
          O descobre que canta e canta muito. Tim Maia, Jorge Ben, Guilherme Arantes, Lulu Santos, Marina Lima e tantos outros titulam canções que hoje, são brasões singulares da música produzida nesta cidade.
          Nos 80 surgem diversos expoentes. Grandes nomes, grandes grupos saíram escrevendo um almanaque de canções. Um dos mais singulares - Cazuza, poeta que transcendia sua época e como ele mesmo definia, exageradamente descobria a magia do cotidiano.
          A comunidade do morro sempre quis ter sua marca, seu som. Nos anos 90, entre o surgimento de grupos de pagode e funkeiros vai se desenhando um cenário musical que assim como o samba, anos atrás, surge marginalizado e visto como música menor mas, gradativamente vai tomando espaço e contaminando todas as idades e classes.

Setor 2 - Grandes nomes da nossa música carioca

          Ai! Chiquinha, o teu piano sabe conversar. Chora, chora Pixinguinha. Erivelto Martins e Silvio Caldas emolduram o som dos seresteiros. Nas gafieiras os malandros fazem fita. Grita o nome do Caubi! Dolores Duran reclamava insistentemente que ninguém a amava mas, se Tom e Vinícius me chamarem de coisa mais linda mais cheia de graça, ah! eu nem quero que Deus me ajude. Simonal com sua ginga convocava a negrada para tomar uma atitude. Ivan Lins e Chico Buarque encheram as arquibancadas de aplausos e vaias mas mesmo assim vibrei com Sabiá e a BR3. O vozeirão de Tim Maia assume o condomínio desta cidade e junto com Jorge Bem fervem os bailes cariocas. Lulu Santos sempre dizia que o Pop era biscoitos finos para as massas e com Marina Lima instituem o pop-cult carioca. Cazuza lembra que o tempo não pára e o tempo não parou. A Blitz teatralizou os conflitos "aborrecentes" mas Fernanda Abreu ressurge e afirma que o Rio é a dialética da maravilha e do caos. Do Fundo de Quintal ao Sensação, o Rio continua só no pagodinho O MCs sabem da sua responsabilidade social, mas "o som de preto, de favelado, quanto toca ninguém fica parado".

Setor 3 - Os grandes momentos da nossa maior marca; o samba

          O samba nosso maior produto cultural, preenche todas as esferas desta cidade, consolidando-se no nosso universo simbólico como parte em nossa estrutura cultural e identificador da nossa formação social, nos diferenciando assim das outras cidades.
          Bem perto do sambódromo de hoje em dia, lá no Estácio, ainda na época da Tia Ciata, a procissão de São Benedito, levava as Taineiras (Baianas) para vender quitutes e água de cheiro. Na pequena África o batuque ia até o sol raiar e a Praça Onze foi o primeiro palco do samba. Naquela época ranchos faziam o papel das escolas de samba de hoje, seguidos pelas grandes sociedades, Embaixada do Sossego e tenentes do Diabo, que se ocupavam mais das classes favorecidas. Estimulados pelo sucesso dos carros alegóricos das Grandes Sociedades, o comércio começa a patrocinar eventos de carnaval. Os bailes do Teatro Municipal atingem seu auge. O povo se divertia com os blocos de sujo nas ruas e começava a se organizar. Surgem os blocos de embalo: Bafo da Onça e Cacique de Ramos acirram uma guerra foliã pelas ruas da cidade. As marchinhas de carnaval ,os sambas-canção fazem história nos concursos que inauguravam os pré-carnavalescos e todos os clubes da cidade passam a executar bailes de carnaval. Nessa época, as escolas de samba já Avenida Presidente Vargas, formam um grupo de elite, Mangueira, Salgueiro, Portela, Império, Vila Izabel e Imperatriz. Os desfiles das escolas de samba atraem adeptos que, ainda divididos pelas cordas, amanhecem o dia para ver sua escola passar
          O carnaval se institucionalizou e surgiu em 1985 a Liga Independente das escolas de Samba. Com a construção da Avenida dos Desfiles (Sambódromo), o espetáculo assume ares de grande ópera popular e não pára mais de crescer. Hoje, o maior espetáculo da Terra é realizado em quatro dias. Com grupo especial, de acesso e mirim, o samba assume, na antiga Marquês de Sapucaí, o lugar de rei desta cidade.
          Ser carioca, é antes de tudo, ter nascido predestinado ao prazer e à felicidade.

Oficina de Carnaval

 

SAMBA ENREDO                                                2007
Enredo     Cantos e Contos do Rio
Compositores     Oficina de Compositores da Escola Municipal Lauro Sodré

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