Silas de Oliveira

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            Silas de Oliveira Assumpção nasceu no Rio de Janeiro, em 4 de outubro de 1916. A família morava em Madureira e Silas era o quinto filho do casal José Mário de Assumpção e Jordelina de Oliveira Assumpção, presbiterianos, que criavam os filhos na maior austeridade.
            Sempre um menino bom, estudioso. carinhoso, obediente. introvertido e afeito à religião, Silas não se exaltava, pouco falava. E já era chegado à mú0sica, tanto que. com 14 anos, compunha hinos religiosos. Nada mais natural portanto que, quando o pai fundou o Colégio Assumpção, fosse ele um dos professores.
            Mas, algo de profano habitava aquele coração calado. Nas imediações, via-se e ouvia-se o morro da Serrinha. Uma atração contida na imaginação do adolescente. Como seria a vida no morro, que parecia tão alegre nas canções entreouvidas, nos sambas assobiados, marcados em distantes surdos e tamborins?
            Um dia sobe o morro. Conhece a Escola de Samba Prazer da Serrinha. Ainda jovem, Silas aprende as artes de fazer samba com Manula, Décio, Penteado. Comprido. Manoel, Bacalhau, Mestre Delfino, os compositores da Serrinha. Em 1935, já participando da Escola, compõe seu primeiro samba, que alguns dizem ser Sem Perdão, em parceria com Manula. Outros afirmam que foi Sagrado Amor. da mesma dupla, segundo Mano Décio da Viola. E na Enciclopédia da Música Brasileira consta que a estréia foi com Meu Primeiro Amor, tendo Mano Décio como parceiro.
            Em 1942, Suas servia o Exército e se encontrava a bordo do navio Itagiba, na costa da Bahia, quando o barco foi torpedeado, indo a pique. Silas estava entre os sobreviventes e permaneceu na Bahia por algum tempo, só retornando ao Rio de Janeiro em dezembro. No mesmo ano, uma série de ataques semelhantes provocou a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, junto com as forças aliadas.
            Dois anos depois – 28 de dezembro de 1944 –, Silas  casou-se com Elane dos Santos e a primeira filha do casal. Nanci, nasceu em 22 de fevereiro de 1945, ano em que ele compôs seu primeiro samba-enredo, Conferência de São Francisco. Houve, na Prazer da Serrinha, certa resistêneia à indicação de Mano Décio da Viola para fazer esse samba. Mas, aprovado. Mano Décio convidou o amigo Silas, com quem dividiu a responsabilidade.
            Foram trabalhar na casa de um cunhado de Décio e na escuridão – estava faltando luz o cunhado perguntou: “Quedê a síntese, o resumo do enredo?” Mano Décio respondeu: “Que resumo, que nada, isso vai sair da nossa cabeça, aqui e agora”. Nascia ali a maior dupla de compositores de sambas-enredos de que se tem notícia.
            Em 1947, Silas foi um dos fundadores do Grêmio Recreativo Escola de Samba Império Serrano, para o qual fez sambas antológicos. No ano de 1951 era um humilde funcionário público e até 1969 continuou como o maior compositor da Escola, alternando as parcerias entre Waldir Medeiros, João Fabrício, Ramon Russo, Ivone Lara, Bacalhau, Joacir Santana. Na criação daquela que seria o canto do cisne, Heróis da Liberdade, teve a participação de Mano Décio e Manoel Ferreira.
            Pobre como sempre, precisando comprar livros para a filha, em 1972 apresentou-se em um show organizado para levantar dinheiro. Já havia pedido adiantamento à sua Editora, que, como de hábito, não atendeu. Os amigos souberam, inventaram então o tal show, quase uma roda de samba, com cobrança de ingressos, para ajudá-lo. Ele chegou alegre, recebeu o cachê antes e foi para o palco. Mostrou Heróis da Liberdade, o samba Meu Drama, que fora lançado com sucesso, entre outros. Cantou como nunca, caprichando nos agudos. O coração. que já lhe dava trabalho, parou no final do espetáculo. Socorrido, chegou morto no hospital, aos 56 anos. Era o dia 20 de maio.

(Fonte História do Samba - Volume 7 - Editora Globo - 1998)

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